quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Crepúsculo

Confesso que li este livro por curiosidade. Alunas de 11 a 35 anos devorando os livros me fizeram lê-lo. Gosto de criticar com propriedade ao invés de dizer "Nunca experimentei, mas não gosto de jiló".

O livro é péssimo não somente porque é um best-seller. Não sou acadêmica, não pré-julgo nada. Leio muito best-seller e acho um ótimo passatempo, mas confesso que me decepcionei muito com "Crepúsculo".

Acho que o que inspira as meninas é a descrição do primeiro amor. Para as mais novas, há identificação. Para as mais velhas, é recordar. E, mesmo assim, se o tema do primeiro amor é central, ficou muito pobre na narrativa. Se perdeu no meio dos vampiros (muito melhor explorados por Anne Rice ou Bram Stoker), da ação e do cenário Hollywoodiano. Me parece que o livro já foi escrito pensando em virar filme. Ou para pessoas que só assistem filmes e não gostam de ler.

Além disso, é maniqueísta, superficial, linear e ingênuo. Demais. Até mesmo para quem lê best-sellers.

Se você tem curiosidade também, assista o filme. Perder duas horas é melhor do que perder quatro.

Agora preciso de um livro novo. Qualquer um.

sábado, 19 de dezembro de 2009

O caminho do meio

Sempre fui uma pessoa de extremos e sempre tive vocação para ser rotulada de ovelha negra. Nunca fiz a linha santa e acho isso muito desnecessário. Vou do céu ao inferno em questão de minutos. Dito isso, as pessoas ao meu redor sempre tentaram me convencer a tomar o caminho do meio.

O que caralhos é o caminho do meio, eu me pergunto. Todas as minhas tentativas me levaram ao nada. Talvez eu seja muito burra para isso. Ou talvez Buda estivesse errado. Que se dane. Se é para ter nada, prefiro ter tudo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

sábado, 5 de dezembro de 2009

Campanha para castração humana

Definitivamente tenho que me controlar para não socar as pessoas na rua. Eu já não estava no meu melhor humor (e quando é que estou?), mas me irritei muito hoje (novidade).

O menino de uns 3 anos estava brincando com um pedaço de plástico e ele, acidentalmente, enfiou o negócio ou o dedo dentro do próprio olho e começou a chorar. Até aí, normal. Acidentes acontecem, especialmente nesta idade. Aí as duas antas que geraram esta criança começam a fazer o maior escândalo para "socorrer" a pessoa. O pai pega o menino no colo e leva ao banheiro. Os urros são ouvidos por todo o restaurante. Enquanto isso a mãe fala ao celular, tomando notas em uma agenda de couro aberta sobre a mesa (Você também odeia quando transformam o restaurante em escritório? Eu odeio). O pai volta com o menino, perfeitamente controlado e intacto, alguns minutos depois. Enquanto a mãe encerra a reunião no celular, procuro voltar a ter apetite para terminar o meu prato. De súbito me deparo com a cena da mãe espancando o pedaço de plástico e falando: "Plástico mau! Se fizer isso de novo, eu acabo com você! Olha, filho! Bate no plástico! Plástico mau!".

Ah, me desculpem. Eu não sabia que enfiar o próprio dedo no olho era responsabilidade de um objeto inanimado. Foi uma revelação e tanto saber que as coisas possuem não só vida própria, mas também uma vontade inerente de acertar nossas córneas. Pronto. Esta ANTA acaba de me mostrar por que é que eu devia ganhar muito melhor. Esse acidente da natureza, daqui a 10 anos, será meu aluno. E, a não ser que a vida lhe dê muita porrada, terei eu que ser a primeira?

A conta, por favor. E seja rápido.