terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ano Novo


É - com toda certeza - o meu feriado favorito.


Há todo um ritual de renovação. Gosto da ideia de deixar para trás o que passou e de planejar o que vem pela frente. Em geral não entro no clima dos feriados, mas nesse eu entro sim. Não me visto de branco, mas bebo champanhe, como lentilhas, uvas, boto folha de louro na carteira e pulo sete ondas, se for possível. A primeira pessoa que cumprimento deve ser do sexo oposto (para ter sorte no amor, dizem). E tento usar uma calcinha nova. Mas, mais importante que as simpatias, é a lista de resoluções.

Algumas pessoas acham bobagem fazer lista de resoluções de Ano Novo. Eu sempre faço. Às vezes posto, outras não, mas sempre faço. Pode parecer bobagem, mas o sentimento de realização ao riscar cada um dos itens da lista é muito maior quando há uma lista.

E termino o ano com a enorme satisfação de ter riscado todos (só faltou um) itens da minha lista de resoluções para 2010! O item que ficou faltando foi "morar sozinha". Mas, isso está caminhando. E, dentre outros, consegui me organizar melhor no trabalho e, consequentemente, trabalhar mais com menos desgaste e, consequentemente, chegar na renda mensal que tinha como meta. 

Acho que o segredo é colocar metas realistas. Não adianta escrever "perder 25 kg". Que tal "perder 7kg"? É melhor perder 7kg e comemorar o feito do que perder 7kg e ficar frustrado porque não chegou aos 25kg.

Eu me dei 2010 como "o ano da indulgência por ter me separado, coitada de mim, o que será de mim". Eu curti muito, não me preocupei em excesso com questões de dinheiro, não fui nem um pouco saudável. Mas tinha metas sim. Isso contribuiu grandemente para que eu conseguisse atingi-las. 

Agora, para 2011, essa é a lista:

- Tentar parar de fumar DE NOVO (prometer isso é sempre bobagem);
- Voltar a me exercitar regularmente;
- Morar sozinha;
- Aprender a cozinhar melhor;
- Ter pelo menos sete alunos particulares fixos;
- Ter duas folgas semanais (preferencialmente sábado e domingo);
- Continuar sendo domingueira;
- Ajeitar minha agenda para trabalhar em horários mais amigáveis (e não sair de casa às 6h15 e voltar às 23h);
- Ouvir a frase "quer namorar comigo?";
- Voltar a fazer aulas de canto (preferencialmente com profissional da fonoaudiologia);
- Começar meu projeto de mestrado para prestar em 2012;
- Ir mais ao cinema, ao teatro e a programas de cunho cultural;
- Continuar sabendo o que quero da vida.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sinto a sua falta ou O diálogo que nunca existiu

Sinto a sua falta sempre que finjo não senti-la. E quando mais penso que fiquei imune aos seus encantos, você vem com seus olhos castanhos e sorri daquele jeito. Mas eu fico na minha. Faço pose de durona. Você sabe. E aí, me flagra no escuro, te olhando com aquela cara de tonta, achando que está escuro o suficiente para você não me ver. Mas você vê. E, para não dar o braço a torcer, eu falo uma bobagem qualquer. E volto a ser aquela mulher fria, calculista e sem sentimentos. Aí você sente falta do sorriso idiota e me manda um torpedo fofo no meio do dia. Fico pensando na resposta. Se é que vou mandar uma. Não. Não consigo não mandar. E fico lá pensando no quanto sinto a sua falta.

De repente, e não mais que de repente, virou um fofo? Veja bem, sou desconfiada. Canalhas não viram fofos, exceto quando estão perdidamente apaixonados, o que - é quase que evidente - não é o que sente por mim. Tudo bem. Terminou com a namorada. Me apresentou para algumas pessoas aqui e ali. Deve gostar de mim o suficiente. Mas não significa que se regenerou. Aliás, nem sei se acredito em regeneração. Você acredita, escorpiano? Lide com isso, sabe? Tudo o que fazemos, ou deixamos de fazer, tem consequências.

Dizer que sinto sua falta? Nem morta. Não é uma falta de adeus. Nem de até breve. É uma falta de não dizer o quanto sinto a sua falta. E até que algo (ou alguém) me tire desse jogo imbecil, não direi nada, meu não-namorado.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Não sinto a sua falta

Fonte: http://crazywithak.co.uk/blog/2009/04/22/greetings-cards/
Não sinto a sua falta. Nem um pouco. 

É por isso que não penso em você nem um minuto do meu dia. 

Não sinto a sua falta quando não estou falando de você, nem escrevendo sobre você. 

Não perco o meu tempo pensando em não pensar em você, porque simplesmente não sinto a sua falta.

Nem um pouco.