sexta-feira, 16 de março de 2012

O sentido da vida

Buscar o sentido da vida é inerente ao ser humano. Afinal, é muito chato pensar que estamos aqui porque umas moléculas se juntaram e que um dia as larvas as comerão.

Digressões à parte, hoje penso que o sentido da vida é para a morte. Explico: acredito que nós morremos como vivemos.

Uma pessoa que vive para si, não pensa nos outros, não constroi laços, não compartilha nada, morre como viveu: sozinha. Quem vai contar sua história? E que história será contada? Uma pessoa que acumulou um monte de bens, mas não investiu nas relações pessoais, vai ter um caixão caro, uma vaga num cemitério chique e um funeral frio. E depois de enterrada, vai deixar parentes... brigando por herança. Quando tudo for partilhado, quem vai contar sua história e que história será contada?

Eu acho que o sentido da vida passa por aí. Essa é a pergunta que guia meus passos: vão contar minha história? E que história será contada quando eu partir? (seja na forma de espírito, de decomposição de matéria, para o paraíso, inferno ou purgatório, ou o que quer que seja).

Independentemente de religião ou crença, o ser humano deveria se preocupar mais com a sua história. Ninguém deveria querer ser um livro enfadonho ou um filme insípido.

A minha história tem a minha dose de aventura, minha dose de tragédia, minha dose de romance. A minha história tem erros e acertos. Quero que ela tenha mais acertos do que erros, mas é melhor errar e aprender do que nunca aprender. 

Saber se conhecer, saber suas limitações, saber seus erros, saber quando ser exigente e quando perdoar a si mesmo, tudo isso enriquece a nossa história. E cada coisa que aprendemos ajuda a sermos uma história melhor quando morrermos. Uma mais estruturada, mais inteligente, mais complexa. Uma boa história é contada e adaptada mil vezes. Uma história medíocre a gente lê no banheiro ou assiste e esquece, e sequer sabe o nome do diretor.

E aí o papo não tem mais nada a ver com religião, porque morrer, todo mundo morre.

E você? Como quer morrer?

sábado, 3 de março de 2012

Luto

A minha vida vai bem, obrigada, dadas as circunstâncias.

Tenho lido bastante, trabalhado outro tanto, dançado outro tanto. Ainda sobrou um vazio, mas por enquanto, não quero preencher com nada nem ninguém.

Enquanto isso, luto.