Na escola em que trabalho vamos fazer um amigo secreto diferente este ano: cada um deve levar uma foto sua de bebê e uma foto atual. A foto atual fica no mural, identificada. E a foto de bebê será usada no sorteio, ao invés de sortearmos papéizinhos com o nome da pessoa. Quando fui informada, pensei que seria difícil conseguir uma foto minha de bebê, mas até que foi fácil. A missão impossível foi achar a foto recente.
A minha foto em papel mais recente data de março de 2003, da viagem que fiz à Patagônia - o que coincide com a última vez em que usei câmera tradicional.
A foto digital banalizou o ato. Ninguém em sã consciência gastaria 12 de 36 fotos para registrar alguém comendo, falando ou olhando para o nada (a não ser que essa fosse uma pose ensaiada, é claro). E ninguém sai correndo para a ótica, morrendo de curiosidade, para mandar revelar o filme (ainda que naquele de 1 hora), pois já viu o resultado na telinha da câmera.
Na última viagem que fiz, contabilizamos cerca de 1300 fotos. Uma insanidade. E depois de um trabalhão para selecionar as melhores fotos, ficamos com 1000. E quem vai revelar 1000 fotos assim? Resultado: está no DVD até hoje.
São incontáveis as fotos que tenho no meu computador de gatos dormindo, eu bocejando, pessoas sentadas no sofá assistindo TV. Já tirei foto de foto para não ter que escanear. Já tirei foto com o celular da minha contagem de horas trabalhadas para conferir depois com mais calma. Já tirei foto do relógio do carro marcando a hora que eu estava chegando em casa.
Até a fotografia ficou descartável. O que servia para imortalizar o momento perdeu o glamour.
Não sou contra. Acho muito mais fácil fotografar a contagem de horas do que copiar em um papel, mas é engraçado ver que o ritual de fotografar, revelar e juntar os amigos para mostrar os álbuns virou aperta-o-botão-vê-se-ficou-bom-coloca-o-cartão-de-memória-no-computador-dá-upload-e-passa-o-link-pra-galera.
A minha foto em papel mais recente data de março de 2003, da viagem que fiz à Patagônia - o que coincide com a última vez em que usei câmera tradicional.
A foto digital banalizou o ato. Ninguém em sã consciência gastaria 12 de 36 fotos para registrar alguém comendo, falando ou olhando para o nada (a não ser que essa fosse uma pose ensaiada, é claro). E ninguém sai correndo para a ótica, morrendo de curiosidade, para mandar revelar o filme (ainda que naquele de 1 hora), pois já viu o resultado na telinha da câmera.
Na última viagem que fiz, contabilizamos cerca de 1300 fotos. Uma insanidade. E depois de um trabalhão para selecionar as melhores fotos, ficamos com 1000. E quem vai revelar 1000 fotos assim? Resultado: está no DVD até hoje.
São incontáveis as fotos que tenho no meu computador de gatos dormindo, eu bocejando, pessoas sentadas no sofá assistindo TV. Já tirei foto de foto para não ter que escanear. Já tirei foto com o celular da minha contagem de horas trabalhadas para conferir depois com mais calma. Já tirei foto do relógio do carro marcando a hora que eu estava chegando em casa.
Até a fotografia ficou descartável. O que servia para imortalizar o momento perdeu o glamour.
Não sou contra. Acho muito mais fácil fotografar a contagem de horas do que copiar em um papel, mas é engraçado ver que o ritual de fotografar, revelar e juntar os amigos para mostrar os álbuns virou aperta-o-botão-vê-se-ficou-bom-coloca-o-cartão-de-memória-no-computador-dá-upload-e-passa-o-link-pra-galera.
Pow se tivesse um amigo secreto desses seria mto fácil descobrir quem é vc né? Acredito que não tenha tanta japa assim no trampo. Tanta coisa mudou, tanta tecnologia, que realmente, cada vez mais eu percebo que além de ficar velha, tem muita coisa que sinto saudade e sei que a futura geração não vai nem cair a ficha pra isso rs.
ResponderExcluirKisu!