quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Crepúsculo

Confesso que li este livro por curiosidade. Alunas de 11 a 35 anos devorando os livros me fizeram lê-lo. Gosto de criticar com propriedade ao invés de dizer "Nunca experimentei, mas não gosto de jiló".

O livro é péssimo não somente porque é um best-seller. Não sou acadêmica, não pré-julgo nada. Leio muito best-seller e acho um ótimo passatempo, mas confesso que me decepcionei muito com "Crepúsculo".

Acho que o que inspira as meninas é a descrição do primeiro amor. Para as mais novas, há identificação. Para as mais velhas, é recordar. E, mesmo assim, se o tema do primeiro amor é central, ficou muito pobre na narrativa. Se perdeu no meio dos vampiros (muito melhor explorados por Anne Rice ou Bram Stoker), da ação e do cenário Hollywoodiano. Me parece que o livro já foi escrito pensando em virar filme. Ou para pessoas que só assistem filmes e não gostam de ler.

Além disso, é maniqueísta, superficial, linear e ingênuo. Demais. Até mesmo para quem lê best-sellers.

Se você tem curiosidade também, assista o filme. Perder duas horas é melhor do que perder quatro.

Agora preciso de um livro novo. Qualquer um.

sábado, 19 de dezembro de 2009

O caminho do meio

Sempre fui uma pessoa de extremos e sempre tive vocação para ser rotulada de ovelha negra. Nunca fiz a linha santa e acho isso muito desnecessário. Vou do céu ao inferno em questão de minutos. Dito isso, as pessoas ao meu redor sempre tentaram me convencer a tomar o caminho do meio.

O que caralhos é o caminho do meio, eu me pergunto. Todas as minhas tentativas me levaram ao nada. Talvez eu seja muito burra para isso. Ou talvez Buda estivesse errado. Que se dane. Se é para ter nada, prefiro ter tudo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

sábado, 5 de dezembro de 2009

Campanha para castração humana

Definitivamente tenho que me controlar para não socar as pessoas na rua. Eu já não estava no meu melhor humor (e quando é que estou?), mas me irritei muito hoje (novidade).

O menino de uns 3 anos estava brincando com um pedaço de plástico e ele, acidentalmente, enfiou o negócio ou o dedo dentro do próprio olho e começou a chorar. Até aí, normal. Acidentes acontecem, especialmente nesta idade. Aí as duas antas que geraram esta criança começam a fazer o maior escândalo para "socorrer" a pessoa. O pai pega o menino no colo e leva ao banheiro. Os urros são ouvidos por todo o restaurante. Enquanto isso a mãe fala ao celular, tomando notas em uma agenda de couro aberta sobre a mesa (Você também odeia quando transformam o restaurante em escritório? Eu odeio). O pai volta com o menino, perfeitamente controlado e intacto, alguns minutos depois. Enquanto a mãe encerra a reunião no celular, procuro voltar a ter apetite para terminar o meu prato. De súbito me deparo com a cena da mãe espancando o pedaço de plástico e falando: "Plástico mau! Se fizer isso de novo, eu acabo com você! Olha, filho! Bate no plástico! Plástico mau!".

Ah, me desculpem. Eu não sabia que enfiar o próprio dedo no olho era responsabilidade de um objeto inanimado. Foi uma revelação e tanto saber que as coisas possuem não só vida própria, mas também uma vontade inerente de acertar nossas córneas. Pronto. Esta ANTA acaba de me mostrar por que é que eu devia ganhar muito melhor. Esse acidente da natureza, daqui a 10 anos, será meu aluno. E, a não ser que a vida lhe dê muita porrada, terei eu que ser a primeira?

A conta, por favor. E seja rápido.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Coisas que não acontecem quando você corre na esteira

1) Saber que só tem água dali a 3km.
2) Um pássaro cagar na sua cabeça. (Ainda bem que eu estava de boné)
3) Os carros buzinando e os peões da obra gritando enquanto você passa.
4) Ter que esperar, correndo no lugar, para atravessar a rua.
5) Não saber onde enfiar a chave do carro.
6) Ficar queimada de sol com a marca do top porque o seu filtro solar derreteu com o suor.
7) Ter a certeza absoluta de que a gordinha e o senhor que te ultrapassaram estão realmente correndo muito melhor do que você.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Fotografia digital

Na escola em que trabalho vamos fazer um amigo secreto diferente este ano: cada um deve levar uma foto sua de bebê e uma foto atual. A foto atual fica no mural, identificada. E a foto de bebê será usada no sorteio, ao invés de sortearmos papéizinhos com o nome da pessoa. Quando fui informada, pensei que seria difícil conseguir uma foto minha de bebê, mas até que foi fácil. A missão impossível foi achar a foto recente.

A minha foto em papel mais recente data de março de 2003, da viagem que fiz à Patagônia - o que coincide com a última vez em que usei câmera tradicional.

A foto digital banalizou o ato. Ninguém em sã consciência gastaria 12 de 36 fotos para registrar alguém comendo, falando ou olhando para o nada (a não ser que essa fosse uma pose ensaiada, é claro). E ninguém sai correndo para a ótica, morrendo de curiosidade, para mandar revelar o filme (ainda que naquele de 1 hora), pois já viu o resultado na telinha da câmera.

Na última viagem que fiz, contabilizamos cerca de 1300 fotos. Uma insanidade. E depois de um trabalhão para selecionar as melhores fotos, ficamos com 1000. E quem vai revelar 1000 fotos assim? Resultado: está no DVD até hoje.

São incontáveis as fotos que tenho no meu computador de gatos dormindo, eu bocejando, pessoas sentadas no sofá assistindo TV. Já tirei foto de foto para não ter que escanear. Já tirei foto com o celular da minha contagem de horas trabalhadas para conferir depois com mais calma. Já tirei foto do relógio do carro marcando a hora que eu estava chegando em casa.

Até a fotografia ficou descartável. O que servia para imortalizar o momento perdeu o glamour.

Não sou contra. Acho muito mais fácil fotografar a contagem de horas do que copiar em um papel, mas é engraçado ver que o ritual de fotografar, revelar e juntar os amigos para mostrar os álbuns virou aperta-o-botão-vê-se-ficou-bom-coloca-o-cartão-de-memória-no-computador-dá-upload-e-passa-o-link-pra-galera.

sábado, 7 de novembro de 2009

Memórias de uma vida pregressa

Muitas pessoas usaram ferramentas como o Orkut para encontrar velhos amigos. Eu até fui encontrada, mas não procurei ninguém. Aliás, não me importo muito com o que as pessoas que estudaram comigo na quinta série estão fazendo. Daquela época fiquei com uma ou duas amizades. Nem sei quem é a maioria das pessoas que me adicionam no Orkut e nem imagino como elas se lembram do meu nome para colocar nas fotos antigas. Ah, é. Lembrei. Fui eleita a menina mais feia e sem graça do colégio na oitava série.

Ontem, no entanto, eu estava pensando em uma fase interessante da minha vida. A fase de ir para a balada de ônibus, de tocar em três bandas (e carregar amplificador e guitarra no ônibus), a fase da Galeria do Rock, de muito álcool e muita farra... Aí pensei: "Putz, como será que está a galera? Será que se regeneraram e foram estudar? Será que morreram? Vou procurar no Orkut!". Só que me dei conta de que não sei o nome completo de ninguém. Era o Marco, o Thiago, o Rodrigo, a Laura, a Taís, a Tata... Ninguém tem sobrenome.

É por isso que o Orkut só serve para encontrar pessoas da escola. A gente se lembra do sobrenome porque os professores faziam chamada todos os dias, 6 vezes ao dia. Muitas vezes as pessoas que mais marcaram nossa vida não têm nem nome e nem sobrenome. Às vezes é só um apelido. Fui a um casamento recentemente e um dos meus amigos recebeu um convite caligrafado com letras prateadas "Ao querido amigo Sapo". Eu só aprendi o nome do Sapo muito recentemente, pois ele se tornou um advogado distinto e criou um e-mail com login de gente grande.

E minha busca no Orkut ficou por isso mesmo. Afinal, é mera curiosidade saber o que se passou com a vida das pessoas. Depois do breve diálogo (por scrap) de "quanto tempo! o que está fazendo da vida? casou? teve filhos?" e suas respectivas respostas, aquele contato normalmente morre de novo. Acho que eles só existem para compararmos nossa trajetória com a da pessoa, para estabelecermos se somos mais bem-sucedidos ou não. No fundo, continuamos adolescentes e continuamos medindo quem tem o maior. Com isso em mente, desisti de procurar meus ex-amigos sem sobrenome e fui dormir em paz com minha gripe. Afinal, a gostosa da oitava série está gorda e caindo aos pedaços e eu não.

[EDIT] A foto está podre de propósito.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

H1N1 FashionWeek


Se você é daqueles que adoram causar asco nas pessoas para se livrar de grandes aglomerações, aproveite a idéia:

Para alguma coisa serviu o pânico causado pela gripe suína. Fui ao pronto socorro e ganhei uma máscara. Todo mundo se sentou longe de mim e pude suportar a temperatura do ambiente. Depois da consulta, fui liberada da máscara e me dirigi à farmácia mais próxima para comprar os remédios receitados. Tarefa simples, mas quase tive que bater em uma família inteira (com direito a avó e crianças gritando e chorando) que estava interrompendo minha tentativa de chegar ao balcão. Aí me lembrei da máscara que ganhei no PS.

Dei uma tossida e uma fungada e o mar se abriu diante de mim.

Fui atendida rapidamente, ninguém ficou me oferecendo promoção de medicamento e não peguei fila.

Achei que o fantasma da gripe suína já havia ido embora, mas aparentemente ainda dá para se aproveitar da fama.

Em tempo: minha gripe é comum e fui muito desprezada no hospital por causa disso. H1N1 dá status de doença. A gripe comum, que mata mais que a suína, não. Os olhares que recebi foram de "Você devia ter se automedicado, sem precisar vir nos incomodar." A médica ainda perguntou quais medicamentos eu tinha em casa, para eu não precisar comprar nenhum novo. Veja bem, eu não tenho farmácia em casa, dona, mas se for para o melhor interesse das instituições de saúde, passarei a ter e a chutar diagnósticos, sem problemas. Aproveita e me dá umas folhinhas desse seu bloquinho de atestado que aí prometo que não venho nunca mais.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Projeto musa verão 2010

Nem um ano atrás eu estava estressadíssima no trabalho, tinha voltado a fumar, morria de comer coxinha e tomar coca-cola todos os dias. Ganhei 10kg. Virei um ser amorfo de banha e celulite.

Mudei de emprego, comecei a trabalhar perto de casa, mudei de função e, tirando a redução salarial (hoje faço 50% a menos em relação ao ano passado), ficou tudo melhor. Parei de fumar (de novo), consultei uma nutricionista, em junho voltei a frequentar academia e hoje me inscrevi para a minha primeira corrida de rua, que será no dia 14/11.

O segredo é vencer preconceitos. Até os mais mal-humorados podem.

Eu estava com uma amiga na academia, xingando a musculação, e ouvimos gritos histéricos vindo do estúdio. Fomos até lá e vimos um monte de gente gritando, socando e chutando o ar. O diálogo que se passou:

Eu: Nossa, que gente patética, chutando o ar e gritando.
Amiga: É.
Eu: Precisamos fazer essa aula.
Amiga: Com certeza. Deve ser muito boa.

Não perco uma desde então! hahaha Dou muita risada, quase chuto as outras pessoas e ainda me exercito. Combinação perfeita.

Sabrina Sato que se cuide.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Metalinguagem


Pode até ser que o pôr-do-sol não seja melancólico ou deprimente, mas o nascer do sol certamente é.

Ou está cedo demais para você já estar na rua ou está tarde demais para você ainda estar na rua.

No domingo passado cheguei na segunda (foto). Acho que fazia uns 5 anos (ou mais) que isso não acontecia.

domingo, 1 de novembro de 2009

Entendi

Acabo de compreender o motivo pelo qual não consigo ficar horas navegando pela internet: a quantidade de erros de português.

Se os erros fossem somente de ortografia, seriam engraçados: "Nunca ouve algo assim", "ensuportável", "inzibido". Adoro "emprestáveis". São pessoas que podem ser emprestadas?

E o que seria de nós sem as pérolas da internet? Recebi um e-mail com um print screen de um excelente "molho barba e cu".

Erro de digitação? Quem nunca cometeu? (E isso não é mais exclusividade de texto digitado não!)

Frases pela metade, idéias jogadas sem coerência, parágrafos inteiros sem um único verbo, pontuação inexistente... A lista é imensa. Acho que estou definitivamente ficando velha. Daqui a pouco vou começar campanha pela volta da cartilha. Aguardem-me.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Só paulista

Quando achava que tinha levado tempo demais para voltar a São Paulo (5h30 de Peruíbe até aqui), uma colega do trabalho me disse que levou 10h.

Dez horas.

Meu.

Só paulista mesmo.

Detalhe: choveu.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Rapidinhas

1) Seria muito bonito se, ao sair da academia, pensássemos "Nossa, agora vou me acabar de comer maçã!" ou "Vou encher a cara de salada! Sem tempero, lógico!". Estou pensando em X-bacon, batata frita, coca-cola, açaí, lasanha e brigadeiro de panela.

2) Acho que não tenho mais paciência para escrever posts gigantes. Será síndrome de Twitter?

3) Terminei de ler meu primeiro Gabriel García Márquez em espanhol! Tudo bem que eu já tinha lido em português, mas foi uma conquista. Eu ganhei o livro no ano passado e não consegui ler. Agora consegui, entendendo uns 80%. Tá acima da média. Passei.

4) Comecei meu primeiro Dostoevsky hoje (Crime e Castigo. Em inglês, porque é mais barato). Tenho esperança de conseguir sair da estiagem mental.

5) Está rolando uma matéria na USP com a prof. Maria Elisa Cevasco, sobre Jameson. Se meu cérebro não estivesse tão atrofiado e meus dias não estivessem tomados por aulas, eu até me arriscaria.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Origami

Acho muito elegante pessoas que têm origami ou ikebana como hobby. Se eu tivesse habilidade manual e qualquer noção de beleza, eu me dedicaria a um deles. Não deixa de ser um exercício de paciência também. Talvez seja por isso que eu não consigo. Já gastei minha cota.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Mais um mito cai por terra

Uma turma de 16 pré-adolescentes (11 a 13 anos) para aprender inglês com Abordagem Comunicativa, sendo que minha experiência com esta faixa etária é próxima de zero, pois sempre sempre sempre, em 13 anos de carreira, evitei crianças: AMEI.

Quem diria?

Sin español

Economizaram por mim: terei que dar aulas no horário que eu faria o curso. Tava bom demais para ser verdade. Quando recebi a notícia, quase senti falta do meu status de semi-deusa.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dicotomia tempo x dinheiro

A gente nunca consegue conciliar tempo e dinheiro. Quando tem um, falta o outro. Estou fazendo o teste do "prefiro ter tempo". (Dá até tempo de atualizar este blog!)

E aí é assim: quando se pede downgrade de função, vem junto o downgrade no salário.

Como já era algo planejado, consegui me programar mais ou menos para não morrer de fome nos próximos meses (afinal, é sempre muito fácil se adaptar a um salário maior do que se adaptar a um salário de fome). Caso um dia passe por isso, aí vão algumas dicas:

- Celular: 8 ligações, 3 visitas à loja da Claro e 2 reclamações por escrito depois e consegui passar meu celular pós para pré-pago
- Curso de espanhol: Material didático pago à vista e curso parcelado em 3x com a primeira parcela junto com o material (assim a parcela maior fica no meu último salário na função antiga)
- Academia*: idem
- Licenciamento do carro e multas pendentes: pagas este mês
- Compras: só o essencial. MESMO. A liquidação de sapatos de inverno passou batida...
- Contas da casa de sua responsabilidade: se você é péssimo para administrar dinheiro como eu, confie em alguém para fazê-lo por você! Dê a grana toda para o seu marido/mulher no começo do mês e relaxe. Aí você não se arrisca a gastar a grana porque esqueceu do compromisso. (E se ele esquecer, a culpa é dele!)
- TV a cabo: nunca tive. Mas se tivesse, quem precisa?
- Passeios: já que agora você tem mais tempo livre, vale garimpar coisas grátis. (Inclusive vai começar o Bourbon Street Fest, com algumas apresentações grátis).

E como você concentrou tudo o que podia no seu último salário decente, sobrou 200,00 para passar o mês. Acho razoável, dado que mantive o luxo de continuar meu espanhol (só porque é o último estágio) e a academia.

*Academia é um ótimo jeito para economizar dinheiro. Você paga para frequentar, mas compensa. Todo o tempo que você teria para gastar seu dinheiro, você se enfia lá dentro e morre de fazer exercício. De quebra ainda fica sarado. E, como você está mega-magro de tanta academia, pode comer fritura. Aí vai:

Tortilha de pobre

Ingredientes:
- 1 Batata velha (ainda em condições de uso, por favor)
- 2 Ovos
- Cebola
- Queijo velho (ainda em condições de uso, por favor)
- Cheiro verde
- Óleo (novo, por favor)
- Duas frigideiras

Modo de preparo:
Lave e descasque a batata. Corte em fatias finas. Quanto mais finas melhor. Coloque um pouco de óleo na frigideira. Coloque as fatias da batata na frigideira em camadas. Complete o óleo só o suficiente para cobrir as batatas. Acenda o fogo e, quando começar a fritar, abaixe o fogo. Deixe fritar até a batata ficar molinha. Num outro recipiente, coloque os ovos, cebola, cheiro verde, queijo e o que mais tiver na geladeira, acerte o sal e bata tudo com um garfo, como se fosse omelete. Lembra da frigideira com a batata? Escorra o óleo (não na pia, tá? Guarde e depois você leva num posto de coleta). E aí é só despejar o omelete em cima. Quando estiver descolando (teste com uma espátula), use a outra frigideira para virar sua tortilha. Deixe mais um tempinho e está pronto. Você acaba de utilizar todas as coisas velhas da sua geladeira e não gastou nada. =)

E por aí vai. Acompanhem mais peripécias do meu novo salário neste mesmo endereço.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Estou tendo um dia espetacular

Quantas vezes no ano será que consigo escrever uma frase dessas?

Lei antifumo

Olha que eu não faço mais parte da maior minoria do mundo. O pobre do fumante já se sentia um leproso antes da lei. Agora deve se sentir como um professor da USP , daqueles que não participam dos almoços de três horas com os colegas.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Omelette au fromage a la mode de moi

Como meus entes mais próximos já sabem, a cozinha não é meu habitat natural. E, em minha semana de semi-folga (viva a gripe suína) e com o pagamento que não chega nunca, sou obrigada a me aventurar por mares quase nunca navegados.

Procuro na internet por receitas fáceis, baratas, rápidas e para pessoas sem qualquer tipo de talento, que não façam idéia do que seja tomilho ou cominho. E não acho nada apropriado. Para compensar este vazio, aqui vai minha contribuição. Anotem, para momentos de desespero:

Omelette au fromage a la mode de moi

Ingredientes:
1 ou 2 ovos (depende da sua fome)
1 ou 2 fatias de mussarela, queijo prato ou qualquer queijo que derreta e que esteja sobrando na sua geladeira
1 frigideira
1 colher de pau ou similar
1 fogão (ou fogareiro de camping)

Modo de preparo:
Coloque a frigideira no fogão e deixe esquentar. Quando achar que já está quente o suficiente para o queijo derreter, jogue o queijo na frigideira. Aí quebre o ovo em cima. Mexa tudo com a colher de pau até virar uma gororoba. Está pronto. Não precisa de sal e aí você já elimina aquela maldita medida que se chama "a gosto" e NINGUÉM sabe precisar.

[EDIT] Gente, o francês está errado, tá? Não copiem!!!

terça-feira, 28 de julho de 2009

domingo, 19 de julho de 2009

Bate e volta


Após o que parece ser um milênio na selva de pedra, consegui sair do trabalho em horário humano no sábado. E lá vamos nós para a praia. É. Não fez muito sol. Mas, não se pode querer tudo...

sábado, 11 de julho de 2009

A escória da sociedade

Na sociedade multimídia virei escória.

Eu ia contar a epopéia que foi migrar meu celular de pós para pré-pago, mas acho que não vale a pena torturar ninguém com uma história que todo mundo já conhece. O resumo da ópera é que levei 15 dias para conseguir migrar. Tive que fazer 8 ligações para o atendimento, ir à loja da Claro 3 vezes e enviar 2 reclamações por escrito até conseguir, mas consegui.

Em uma das mil ligações, a atendente me disse que "eu ia estar tendo 30 dias para utilizar meus pontos do Claro Clube".

Foi a Patricia na loja da Claro hoje e o diálogo que se passou foi o seguinte:

- Olá. Tenho alguns pontos no Claro Clube e gostaria de consultar o que posso fazer com eles.
- Só um momento. Você tem pontos do plano pós-pago e vai estar utilizando para trocar de aparelho? (Sorriso colgate)
- Talvez. Migrei para pré-pago e a atendente me disse que eu tenho até o fim do mês para usar esses pontos. Quero saber o que posso fazer com eles e quanto isso me dá em reais.
- Ah. (silêncio seguido de olhar de desprezo). Você JÁ migrou para pré-pago.
- Isso mesmo.
- O celular mais barato que eu tenho é esse aqui. (olhar de desprezo mantido).
- Obrigada, mas eu já tenho o celular e o chip. Quantos reais valem os meus pontos?
- 50. Você pode estar usando para converter em créditos. (olhar de desprezo misturado com nojo)
- Obrigada, mas já tenho 112 reais em créditos, que provavelmente vão expirar antes de eu usar. O que mais posso fazer com esses pontos?
- Você pode estar usando para trocar de aparelho. O mais barato que eu tenho é esse.
- Obrigada, mas o meu é melhor do que esse. Posso ver aquele?
- Aquele? O que está no display vermelho?
- Sim, o que está no display vermelho.
- Senhora, os que estão no display vermelho têm tecnologia 3G.
- Tudo bem, mas quero ver mesmo assim.
O olhar de desprezo e nojo dissipa um pouco. Vendedora quase sorri para mim, mas só até eu perguntar:
- Legal, mas... o que é 3G?

O assombro estampado no rosto dos vendedores, dos clientes e até do tiozinho que aperta o botão de senha foi digno de uma tirinha de quadrinhos. Pensei que fossem vomitar em mim.

E continuo sem saber o que é 3G. A menina tentou me explicar, mas eu estava rindo muito da reação das pessoas para prestar atenção. De qualquer maneira, vivi muito bem até aqui sem isso e não será isso que mudará minha vida. =)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Eu saudável

Quem diria que eu tentaria levar uma vida saudável? Pasmem. Depois de parar de fumar, quando eu mesma nem acreditava que poderia ficar mais saudável, fiquei! Estou fazendo acompanhamento nutricional e frequentando academia. Hoje comi iogurte com granola ao invés de comer pastel ou coxinha. É realmente impressionante.

Mas ficar saudável vai mais longe. Como não posso me livrar do trabalho, pedi
downgrade de função. A partir de agosto não sou mais coordenadora. Ufa. Foi como terminar um namoro estagnado. Um alívio!

E eu ganho tão pouco que é capaz que eu passe a trabalhar menos e a ganhar a mesma coisa.

Adeus, vida workaholic. Teatros grátis, me aguardem.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Meu e-mail está assim:

589 mensagens na pasta SPAM e mil promoções (ou seja, SPAM) na minha caixa de entrada para eu conferir 2 semanas atrás.

E mais 5 e-mails do consultor de vendas da academia XXXXX achando que eu vou achar que dez reais de desconto em uma parcela de R$189,00 por mês (no contrato anual, tá? E fora os duzentos e não sei quantos reais de matrícula) vão me fazer mudar de idéia e fechar negócio.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Meta para os meus 70 anos

A dona da escola onde eu trabalho tem 70 anos e muita gente morre de inveja dela, pois ela está sempre linda, maquiada, bem-vestida, com sapatos e roupas caríssimas, cabelo impecável, carrão e trabalhando. Às 21h30 ela está lá, na escola, disponível para atender alunos, professores e coordenadores.

Desculpem-me, mas não tenho um pingo de inveja disso.

Aos 70 quero ter aquele cabelinho roxo de velhinha. E vou querer saber se os cremes e o filtro solar diário funcionaram.

Quero estar na minha rede de descanso, na varandona da minha casinha no campo (ou na praia), rodeada pelos filhos, netos, cachorros e gatos.

Se eu não estiver gagá - o que é improvável, pois já estou ficando - vou querer ler e ver tudo o que não deu tempo ao longo da minha vida proletária.

Se eu estiver meio gagá, quero estar fazendo curso de papier mâché, pintura sobre tecido, ou qualquer tipo de coisa que todos vão achar que é de gosto antiquado e duvidoso.

E se eu estiver completamente gagá, provavelmente não vou me importar com nada disso.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Estudando para o exame (de sangue)

Depois de uma onda de antibióticos e gripes e resfriados e tal, fui ao clínico geral para um check-up. Para a quantidade de exames que ela pediu vão precisar tirar meio litro de sangue. Se ao menos o lanchinho do laboratório fosse decente... Mas, o engraçado é que comecei a maneirar na junk food esta semana.

Ouvi falar de uma pessoa que passava uma semana antes do exame de sangue só comendo arroz integral e bebendo água para compensar um ano de gorduras trans e saturadas.

Me lembrei de uma menina que foi minha colega no cursinho pré-vestibular. Ela era modelo fotográfico, tinha um rosto lindo, mas não era das magricelas altonas. Todos os dias nós íamos à lanchonete do cursinho na hora do intervalo e comíamos salgadinhos, tomávamos refrigerante, para depois arrematar com um cigarro antes de voltar para a sala de aula. Uma vez por mês, no entanto, ela tirava um pote da mochila com o seu "lanche": duas folhas de alface sem tempero. Na primeira vez em que isso aconteceu, morri de rir e perguntei o que era aquilo. A resposta: "Vou fotografar de biquíni depois de amanhã. Se eu ficar dois dias sem comer nada além de alface e água, a barriga some".

A diferença brutal é que a menina que era modelo fazia isso para ganhar o dinheirinho para pagar o cursinho. A outra, que engana no exame de sangue, joga dinheiro fora para pagar exames que não revelam nada.

Acho melhor adiar a couve-flor (se é que ainda tem hífen nela) e mandar ver um sanduba. Pelo menos até o exame...

sexta-feira, 27 de março de 2009

Otimização de tempo, Twitter, Flickr e outras coisas com nomes estranhos

Hoje foi oficialmente meu último dia de aula na matéria que eu estava fazendo de ouvinte na pós-graduação. Por uma questão de otimização de tempo livre.

Acabou de apitar alguma coisa no meu computador e não tenho a mais puta idéia do que seja. Imagino que seja mais um dos mil recursos sinistros do Google e que, pelo simples fato de estar logada no blogue, me tenha sido imposto.

Uma amiga definiu muito bem o que é o Twitter: "é como conversar com o seu amigo imaginário". Adorei. Entro lá, jogo um monte de pensamentos e leio um monte de pensamentos jogados de um monte de pessoas que não interagem comigo. É como conversar com um amigo imaginário surdo. Bizarro.

Coloquei umas fotos engraçadas das monstras no Flickr. Clique aqui.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Frequentadora assídua

Da próxima vez que eu aparecer no Pronto Socorro do hospital já vão me tratar pelo nome e já vão saber qual o meu assento favorito para ficar aguardando atendimento.

Mal me recuperei da maldita sinusite e já voltei ao hospital. Desta vez porque sofri um acidente doméstico. Coloquei sabão em pó na máquina de lavar e deixei encher um pouco de água antes de colocar a roupa (para o sabão misturar na água e não manchar a roupa e tal). Aí fui fazer minha lição de casa do espanhol (sim, eu faço lição de casa) e me distraí. Daí a pouco ouço a máquina batendo sem roupa dentro. Saí correndo para desligar, fiz uma curva errada, pisei no tapete, o tapete escorregou e lá fui eu voando por 2 metros até quase bater com a cara na parede. Quase. Porque o instinto me fez virar a cara e bater com o ombro, pescoço, cotovelo, joelhos e outras partes da cabeça que não o rosto. Eu nem sei bem como foi. Só sei que fiquei estatelada no chão enquanto uma de minhas gatas me lambia a cara e miava em solidariedade (viu? Quem disse que gato é traiçoeiro e egoísta e não liga para o dono?). Ridículo. Pelo menos não tive traumatismo craniano e nem quebrei nada. Só estou toda roxa e pensando que quando era criança não ficava tão dolorido.

Não quero comentar o dia da mulher.

Outro dia fui visitar um casal de amigos que tinha acabado de descobrir que estavam grávidos. No meu relógio mental isso fazia um ou dois meses. Aí me avisam que o chá de bebê é daqui a duas semanas.

Outro dia combinei de jantar com uns amigos. Mas estávamos todos na correria por causa do final de ano e fechamento de semestre escolar. Aí já era hoje.

Outro dia marquei um almoço para me despedir das minhas colegas do outro emprego. Aí já se passaram 3 meses.

Tem semana demais no meu mês e falta final de semana.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ah, tá


Não era resfriado. Por isso que não ia embora nunca.

E o Carnaval de vocês?

Melhor que o meu, espero.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Então, né?

Esse é daqueles posts que a gente só posta para ninguém pensar que morremos.

Se bem que ando tão cansada que não estou muito longe disso. Tenho ficado doente religiosamente aos sábados depois do meio-dia e sarado às segundas. Trabalhar em escola em início de aulas é isso mesmo. Hoje mesmo foi um dia que, nem bem cheguei, já comecei a correr e só fui parar às 20h porque ia desmaiar de fome. E, mesmo refugiada na cantina, me encontraram. Mas a dona da escola me salvou e foi fazer o atendimento no meu lugar, pois às 20h20 eu tinha que estar em sala de aula superanimada (e agora? essa porcaria leva hífen ou não?!), linda e maravilhosa.

Eu já contei que tenho um plano para ficar milionária?

Pois é. Ele consiste em seguir os passos do Gustavo Cerbasi, que escreve auto-ajuda de finanças (do "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos", que foi uma das minhas muitas leituras não-muito-enobrecedoras-do-ponto-de-vista-intelectual de 2008). Mas acho que o autor esqueceu de mencionar que os passos não se aplicam a certas categorias de pessoas. Professores, por exemplo. Não vou perder tempo me lamuriando "porque professores ganham mal etecetera e tal". Mas a questão é que professores simplesmente não arrumam tempo de organizar a tal planilha onde se lançam os gastos mensais e se analisa onde se pode cortar. Eu até lancei os gastos durante uns 10 dias, mas nunca arrumei o tempo para analisar nada.

Aí só me resta voltar ao plano que venho seguindo desde os primórdios: gastar menos do que ganho e torcer para tudo dar certo. Claro que isso não se aplica a janeiro e fevereiro. IPVA, IPTU, IRPJ e todos os outros Is que pudermos imaginar.

Não é assim que vou ficar milionária, mas depois que conheci alguém que conheceu alguém que ganhou na MegaSena, quem sabe? Não jogo. Não que isso faça diferença. Acho que minhas chances de ganhar são as mesmas de uma pessoa que joga. Mas aquela cartelinha de 60 numerinhos dá pano para tanta manga que é possível que eu reserve uma postagem só para ela.


Olha que eu não estava com tanto medo da crise. Acho ainda que grande parte do terror advém da força da mídia. Mas todos os dias vejo gente perdendo emprego. O diretor da escola onde trabalho convocou uma reunião para assegurar seus funcionários de que não perderíamos o nosso. Aí fiquei com medo.

Se eu não ficar doente de novo no Carnaval e tiver energia para tanto, vou tentar organizar a tal planilha. Não dou a mínima para desfile e quero que Ivete Sangalo se tranque num cubículo bem longe de mim.

Aliás, o que diabos é "axé"?

No Ano Novo, que passei na Bahia, as pessoas desejavam "muito axé para todos". Eu fiquei de pesquisar, mas ainda não pesquisei. Algum palpite?

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Bom negócio

Quem troca trabalhar do lado de casa por redução salarial de 20%?

Olha que eu estou achando que fiz um ótimo negócio. Aquelas horas perdidas diariamente no trânsito horrível de São Paulo, os 70 reais de estacionamento, os 300 reais de gasolina, as refeições fora de casa e, principalmente, o meu saco já valem muito mais do que 20% do meu salário (que não é lá essas coisas). E ainda contribuo para desafogar um pouco o trânsito e a emissão de poluentes.

Demorou para o governo fazer um programa de incentivo para quem trabalha no bairro em que mora. Que mania de querer concentrar todo mundo na Berrini ou na Paulista!

Morram de inveja, mas eu moro em São Paulo e levo SEIS MINUTOS para chegar no meu trabalho. E pela bagatela de 20% do meu (risível) ex-salário.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Malditos burgueses

O prazo entre-trampos chega ao fim e estou sendo acometida por uma profunda vontade de ganhar na Mega Sena.

Ontem eu conversei com a minha mãe, que está entrando em seu quarto ou quinto mês de aposentadoria, e comentei sobre aquelas pessoas que passam mal quando se aposentam e não sabem o que fazer para se sentirem úteis. Ela também não entende essas pessoas.

Eu me aposentaria agora, sem um pingo de culpa. Não acho que o meu trabalho dignifica, nem constrói, nem salva o mundo. Já passei dessa fase idealista. E malditos burgueses que inventaram esse mito de que o trabalho enobrece. Que enobrece o quê! É só olhar as unhas da perua dos Jardins e comparar com as da costureira do Brás. Quem tá mais nobre na fita? (é brincadeira, mas tem um fundo de verdade).

Fui acertar minha carga horária no meu novo trabalho e a matéria de pós que vou fazer na USP atrapalhou o meu samba. Fiquei com a impressão de que vou ter que trabalhar muito a mais só para compensar este horário. Ai ai. Meu espírito baiano ainda não foi embora. Em relação ao emprego velho, vou trabalhar poucas horas a mais, mas com essa matéria no meio do caminho e porque a escola nova fecha mais cedo (e consequentemente eu entro mais cedo), estou com a impressão de que vou trabalhar muito mais. E tá me dando uma preguiça...

E é claro que não deixei de perguntar para minha nova chefe se eu posso trabalhar de tênis, camiseta, sem maquiagem e sem fazer as unhas. Deixei uma ótima primeira impressão!


Falando sério. Eu não sentiria nem um pingo de culpa em me aposentar agorinha.

E eu PRECISO providenciar minha rede na varanda. Urgente.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O périplo do entre-trampos

Estou de volta com 100% de espírito baiano incorporado e com a absoluta certeza de que preciso de uma rede na micro-varanda do meu apezinho.

Primeiramente, que mundo é esse que faz com que só consigamos folga no período entre-trampos? Fazia séééééculos desde a última vez que tive folga deste porte. Pensando bem, foi na última vez que mudei de emprego. Que mundo é esse que tem ORGULHO de trabalhar até morrer, sem dar atenção ao que verdadeiramente importa? Que mundo é esse que de fato acredita que o trabalho enobrece e que, pior ainda, acredita que SOMENTE o trabalho enobrece?

Enfim... Após 5000km rodados, aqui vão algumas impressões:

1) As estradas na Bahia estão melhores que as estradas no sudeste. Mas não dirigimos à noite nem a pau. De-ser-to.

2) Todo mundo fica louco após o Natal e todo o norte de Minas Gerais LOTA todos os hotéizinhos podres de beira de estrada desde Montes Claros até Vitória da Conquista para descansar antes de prosseguir para o sul da Bahia.

3) A Chapada Diamantina é linda. Apesar de já estar bem civilizada e estruturada para o turismo, existem opções para fugir da muvuca e as melhores cachoeiras e paisagens estão nas trilhas mais difíceis e pouco acessadas. Comer e se hospedar em Lençóis não é tão barato como era 5 anos atrás. Mas considerando que o turismo é a única coisa que movimenta a economia local e que aquele povo tem 3 meses para faturar o sustento do ano todo, não me senti extorquida. Amei amei amei e não queria sair de lá de jeito nenhum! Ponto negativo para o palanque que montaram para o Ano Novo. Jaques Wagner, meu caro, quem vai para Lençóis passar o Ano Novo quer sossego. Se a gente quisesse muvuca, barulho e calor, teríamos ido para Porto Seguro.

4) A vila de Itacaré cheira a mijo e a esgoto e a má vontade das pessoas é surpreendente. Saudade de Lençóis. Mas a região entre Itacaré e Ilhéus tem praias maravilhosas.

5) Porto Seguro é uma bosta. É extorsão depois de extorsão e o assédio para comprar/contratar/beber de tudo é insuportável. Mas dá para achar hospedagem e comida a preços razoáveis. Saudade extrema de Lençóis.

6) Trancoso foi privatizada. Tem que pagar (caro) para tudo. Comer por lá é caríssimo e privatizaram a praia. Cercaram tudo e só se tem acesso à praia por estacionamentos (pagos). Tirando o mega-quiosque que tapa toda a visão da praia e as mesas e cadeiras que vão até o mar, a praia é linda, o vento dá uma aplacada no sol e depois das 17h a praia fica bem habitável.

7) Vitória (ES) definitivamente não foi feita para receber viajantes.

8) Organizar 1350 fotos não é fácil.

Agora ficaram as roupas por lavar (algumas meias são forte candidatas ao sacrifício, no entanto), as contas por pagar, matrícula na USP por fazer e a vontade ZERO de voltar a trabalhar.

Ah. Todo o périplo saiu mais barato do que se eu tivesse ficado em São Paulo no período. Como sempre. Cada vez mais tenho certeza de que, para quem mora em São Paulo, ficar em casa para economizar é bobagem. Você estressa, gasta dinheiro, descansa pouco e fica se lamentando depois.