Buscar o sentido da vida é inerente ao ser humano. Afinal, é muito chato pensar que estamos aqui porque umas moléculas se juntaram e que um dia as larvas as comerão.
Digressões à parte, hoje penso que o sentido da vida é para a morte. Explico: acredito que nós morremos como vivemos.
Uma pessoa que vive para si, não pensa nos outros, não constroi laços, não compartilha nada, morre como viveu: sozinha. Quem vai contar sua história? E que história será contada? Uma pessoa que acumulou um monte de bens, mas não investiu nas relações pessoais, vai ter um caixão caro, uma vaga num cemitério chique e um funeral frio. E depois de enterrada, vai deixar parentes... brigando por herança. Quando tudo for partilhado, quem vai contar sua história e que história será contada?
Eu acho que o sentido da vida passa por aí. Essa é a pergunta que guia meus passos: vão contar minha história? E que história será contada quando eu partir? (seja na forma de espírito, de decomposição de matéria, para o paraíso, inferno ou purgatório, ou o que quer que seja).
Independentemente de religião ou crença, o ser humano deveria se preocupar mais com a sua história. Ninguém deveria querer ser um livro enfadonho ou um filme insípido.
A minha história tem a minha dose de aventura, minha dose de tragédia, minha dose de romance. A minha história tem erros e acertos. Quero que ela tenha mais acertos do que erros, mas é melhor errar e aprender do que nunca aprender.
Saber se conhecer, saber suas limitações, saber seus erros, saber quando ser exigente e quando perdoar a si mesmo, tudo isso enriquece a nossa história. E cada coisa que aprendemos ajuda a sermos uma história melhor quando morrermos. Uma mais estruturada, mais inteligente, mais complexa. Uma boa história é contada e adaptada mil vezes. Uma história medíocre a gente lê no banheiro ou assiste e esquece, e sequer sabe o nome do diretor.
E aí o papo não tem mais nada a ver com religião, porque morrer, todo mundo morre.
E você? Como quer morrer?
Pois é, mas toda vez que eu penso isso me vem uma frase na cabeça:
ResponderExcluirQuem vive mais, não morre menos.
É estranho isso, mas se você for ateu e não acreditar em alma e vida depois da morte, creio que o unico significado da vida esteja nela propria, ou seja, o momento presente e nossos sentimentos e sensações nesse momento.
Olhando por esse lado, se a pessoa for egoísta, e no entanto, encontrar um prazer único no seu modo de vida egocentrista, vai estar "realizada" em vida.
Quanto a história, isso é um modo de se eternizar, talvez seja um céu dos ateus; a lembrança que se perpetua... Mas como perpetuar uma vida e um coração que já partiram? Se perpetuam apenas as lembranças que você deixou em outra pessoa, e não você. Por paradoxal que seja, a lembrança que você quer deixar só tem significado para você enquanto você estiver viva, é um alento e um consolo para sua morte, pois a faz pensar que ainda haverá um pedaço de sua vida grudado nessa terra.
Não sei se acredito muito em vida eterna, mas a alma pra mim tem um grande significado; é ela talvez que faça do homem algo mais que a matéria, algo que transcende seus determinismos.
Eu quero que todo mundo tenha certeza de que eu fui, mas fui contrariada...
ResponderExcluirOi Paty, seu post me fez ter momentos de reflexão aqui diante do pc.
ResponderExcluirNão tenho respostas imediatas para as questões que levanta, mas são as mesmas que eu acredito que devem nortear a nossa caminhada.
E apesar de todas as minhas angustias, tenho certeza que a minha história será mais bonita e lembrada com muito mais carinho do que outras que conheço por aí.
Porque quem vive apaixonadamente, se doa e luta pelos seus sonhos, mesmo que esbarre em algumas injustiças e dificuldades, tem de tudo para ser feliz. Acredito muito nisso!
Beijos.
Com certeza quero morrer aprendendo sempre, mas procurando mais acertar pq errar é tão chato... é tão deprimente e tão amargo rs...
ResponderExcluirKisu!
continuo nao querendo morrer, mas gostaria de ler mais posts. escreve ai, mulher!
ResponderExcluir... entao... o sentido da vida ja ta meio passadinho, ne? Quase um mes sem nenhuma novidade pra nos??
ResponderExcluirEscreve! Escreve! Escreve!