segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Ano Novo, vida nova


Eu fiquei tanto tempo sem postar que até esqueci a senha. Recuperei. Pronto.


Já falei aqui um milhão de vezes que o Ano Novo é meu feriado favorito. Mas como todo ano tem, vou continuar falando e o azar é de vocês.

O que eu gosto do Ano Novo não são as festas nem as superstições. Quem me conhece sabe que costumo evitar grandes aglomerações de pessoas.

A virada do ano é sensacional porque marca o fim de um ciclo e o início do outro. O seu ano pode ter sido um lixo, mas você fica todo bobo, cheio de esperança de que o novo ciclo vai ser melhor. É piegas, mas a gente precisa disso.

O meu ano de 2014 foi bastante difícil. A minha ausência no blog e nas redes sociais não é coincidência. Quando estou um lixo acabo me fechando. Não gosto de ficar "pesando" nos outros.

Enfim. A todos um feliz 2015.




sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Falando bem dos outros

Estou postando de São Paulo, onde vivo ainda improvisadamente, até segunda ordem.

Mudar de casa já é cansativo. Mudar para outro estado, com uma gata, é mais ainda. Mas correu tudo bem até o momento.


Vou aproveitar o meu espaço aqui para ir um pouco contra a corrente. A gente só vê gente reclamando de serviços por aí, mas raramente elogiando.

Ainda não recebi a mudança aqui em São Paulo, mas até agora eu só tenho coisas boas para dizer sobre a Granero. Desde o primeiro contato para fazer orçamento até a coleta da mudança os funcionários foram muito profissionais, além de muito simpáticos. (Bom, a gerente da loja Aracaju foi pessoalmente até minha casa para poder me fazer um orçamento mais preciso. Nem tenho o que falar, né?) A empresa superou minhas expectativas. Sempre que precisei falar por telefone, eu consegui. Sempre que eu enviei email eu recebi pronta resposta. Eles foram bastante flexíveis nas minhas mudanças loucas de ideia e mudaram quantidade de objetos, data, seguro, tudo prontamente e sem burocracia. Também não consegui fazer o pagamento no dia combinado e foi tranquilo fazer depois. A mudança estava agendada para as 8h30 da manhã e os meninos chegaram às 8h29, no dia certo. O empacotamento foi feito de maneira rápida, mas com muito cuidado (quatro pessoas para embalar! Mal cabia no apartamento!) e me fizeram conferir cada cômodo duas vezes para ter certeza de que nada havia ficado para trás. Sim, ela é mais cara, mas compensa, viu? Não tive dor de cabeça nenhuma e só tenho pontos positivos para mencionar.

Agora eu me pergunto. Por que é que as pessoas (eu, inclusive) não fazem também o maior alarde quando têm uma experiência positiva?

Eu não sou de fazer muita propaganda gratuita, mas acho que quando um serviço é bem-feito, não custa nada divulgar. Sou mais isso do que postar lata de Coca-cola com o meu nome.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O cavalheirismo não morreu

Sabe que ontem eu saí com um grupo de amigos e, na hora de sentar, um deles puxou uma cadeira bem perto de onde eu estava. Eu, logicamente, dei a volta na mesa para sentar em outra cadeira. Ele, com toda a sua fineza, gritou:

"Aonde você vai, sua japa louca? Puxei aqui para você, cacete!"

Quem disse que o cavalheirismo morreu?



quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Anedotas Aracajuanas - Parte II

A empresa de mudança não entendeu nada do meu pedido de orçamento:

Representante da Empresa: - Boa tarde, senhora Patrícia. Estou ligando para solucionar algumas dúvidas com relação ao seu pedido de orçamento. Como assim "orçar empacotamento e mudança de meio apartamento e mais um carro"?

Eu: - Bem, as coisas que irão na mudança estão em dois cômodos e meio, sendo um banheiro, um quarto e meio quarto de casal. E mais um carro. Aí eu queria saber se posso jogar as coisas que vou levar todas no mesmo quarto para facilitar para vocês.

R: - Certo.

Eu: - Me separei.

R: - Mais uma? 

Eu: - É a tendência.

R: - É. Eu aderi há pouco tempo também.

E aí rolou o maior papo e viramos melhores amigas para sempre. Amanhã ela virá pessoalmente fazer uma visita para avaliar melhor o tamanho da minha mudança e fazer um orçamento certinho.

Vou deixar feito um café quentinho.

domingo, 14 de setembro de 2014

Wind of change


Já tem alguns dias que chove sem parar. Não dá ânimo para sair de casa. Já cansei de assistir seriados, de ler, de limpar a casa, de não fazer nada. Mas uma das coisas que acho mais mágicas no universo é que a única constância que temos é a temporariedade de tudo. Até da chuva. Na chuva não mando eu, mas na minha vida sim. Tomei algumas decisões pequenas, mas importantes, e coloquei minha vida em movimento de novo.




E não é que o sol voltou a brilhar? Está um dia lindo hoje.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Eu tenho medo do mesmo


Tem gente que tem medo de mudança. Eu tenho medo do mesmo.

Não é que eu não consigo me adaptar a rotinas. Até consigo. É a estagnação que me dá desespero. Preciso estar em movimento, em equilíbrio dinâmico, como dizem os físicos.

Água parada dá dengue.

Socorro.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Patrícias

No meu bate-e-volta a Maceió conheci uma Patrícia e reconheci outra.

A primeira Patrícia é mineira, 32 anos, solteira, formada em Artes Dramáticas, trabalhando numa empresa de informática para pagar as contas (já que teatro mata mais de fome do que docência), pensando em fazer outra faculdade. Pedagogia, agora. E viajando sozinha pela primeira vez.

Até quinta-feira da semana passada, eu estava com invejinha das pessoas com a vida arrumada. Sabe aquela amiga que ama o emprego que tem, está em ascensão na carreira, tira várias férias ao ano, posta fotos no Caribe e dois meses depois na estação de esqui, malha, come tudo orgânico, vive bonita numa casa em condomínio fechado e ainda tem a família de comercial de Doriana? (Não me diga que não conhece essas pessoas. É só olhar no Facebook e você vai ver que a maioria dos seus amigos possui vidas perfeitas e só uma pequena parte - a sua, é claro - é cagada).

No meu roteiro original, eu esperava estar com a vida arrumada (o que quer que isso seja) aos 36 anos também.

Mas voltando à Patrícia, quando ela me disse que era a primeira vez viajando sozinha, o que me veio à mente na hora foi: "É muito bom, não é? Você vai ver. Vai viciar. Eu amo viajar sozinha."


Nos conhecemos no ônibus, a caminho de Maragogi. Ela me perguntou se eu estava viajando sozinha e eu disse que estava com amigos. "Cadê eles?", perguntou. Eu respondi "Não faço a menor ideia. Eu queria conhecer Maragogi, eles não." Então ela me perguntou se eu ia fazer o mergulho e eu disse que alugaria equipamento de snorkeling, mas que mergulho eu não faria (já fiz no passado e não me adaptei. Quase morri de dor no ouvido). A resposta dela: "Eu vou. Nunca mergulhei antes".

Além da Patrícia, conheci outras pessoas igualmente independentes, igualmente interessantes e igualmente perdidas, e me dei conta de que o roteiro das pessoas normalmente não é original. Eu sou aquela que queria ter uma família Doriana, mas também sou aquela que ama viajar sozinha e que pode largar os companheiros de viagem para fazer um passeio que eles não querem, sem cara feia ou ressentimento na hora da janta. 

Há muito tempo estou tentando saber o que eu quero. A sensação que tenho é a mesma que eu tive quando me vi adulta e o mundo se abriu diante dos meus olhos e as possibilidades eram tantas que parecia impossível escolher um só roteiro. Agora já se passaram todos esses anos e eu esperava que essa sensação de não ter chão sob os meus pés fosse desaparecendo com o tempo. Não desaparece.

Não sei para onde vou, nem sei o que quero. Não tenho Caribe ainda, mas de onde estou até sair a separação, posso pegar um ônibus e, em algumas horas, chegar neste lugar:





E por enquanto é assim que vai ser. Procurando a beleza dentro das possibilidades que se apresentam. E porque enquanto não sabemos para onde vamos, qualquer caminho é bom.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Descomplicando

Às vezes precisamos descomplicar a vida. 

Desde que me mudei para o Nordeste, há um ano e meio, que eu vinha ouvindo promessas do dito cujo de passar um final de semana em Maceió. Um final de semana. Em Maceió. Maceió está a quatro horas de Aracaju. Um hostel lá custa 35 reais a diária. Não me parece ser a coisa mais difícil do mundo, mas essa foi apenas uma dentre tantas promessas muito difíceis de cumprir.

Agora que é um ex-dito cujo, ficou bem mais descomplicado.

Eu fui até a rodoviária, comprei a passagem para daqui a pouco, voltei para casa, postei isso aqui no blog, vou fazer a mala e até a volta.

sábado, 23 de agosto de 2014

Vidro de azeitona

O primeiro problema pós-separação é definitivamente o vidro de azeitona.

"Amo-or, abre pra miiiiiim?"

E seu super-heroi particular vinha para salvá-la desta hecatombe privada. 

Não estou falando daquelas vezes todas em que você fingiu não conseguir abrir só para o seu homem se sentir útil. Não. Estou falando daquela vez em que você machucou todos os dedos, depois tentou abrir com o pano de prato, tentou tirar a pressão com a faca, quase se automutilou no processo e, dentro do vidro, você via as malditas azeitonas, cheias de sarcasmo.

E aí bate aquela coisa dentro do peito. Aquela angústia de não se saber capaz de seguir em frente. De ter que tomar novos caminhos, diferentes daqueles outros tão familiares. De abrir mão das azeitonas.

Mas aí você se lembra de que pode comprar azeitonas a granel. Ou até mesmo aquelas em embalagens plásticas (que são até mais baratas). E tudo fica bem.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Investimento

E então eu desisti de investir em terra. Resolvi investir em tapete voador.

Quando investimos em terra, alguém pode vir e fazer um buraco. Ou te tomam a terra, assim, sem mais.

Mas tapete voador não. Você não precisa de chão para voar.