quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Câmbio e desligo


Computador indo para a mala. A próxima postagem será na casa nova! =)


Até mais, São Paulo! Até mais, amigos! Vou para outras praias tentar uma vida diferente!

E, se tudo der errado, volto com histórias para contar e um bronzeado fabuloso. =)

Bom fim de mundo a todos!

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Passado

E eis que encontro as velhas cartas de amor do namorado que foi o meu ex-marido. De todo o amor eterno da última carta, datada três dias antes do casamento, ficaram os honorários do advogado e a assinatura do divórcio na quinta-feira que vem.

Reciclagem.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Âncoras

Com data marcada para zarpar e São Paulo expirando no prazo de validade, estou pensando no peso das minhas âncoras. Quantas delas são minhas de verdade? Quantas são da minha sociedade? Quantas são da minha família?

Somos este composto de coisas, lugares, pessoas e ideias.

E estava pensando que a mais paulistana das minhas coisas é esse medo absurdo de viver uma vida diferente. 

Paulistano vive reclamando da correria, do trânsito, do aluguel, da espera no restaurante, do chefe que liga às 19h34 do domingo exigindo aquele relatório, do estacionamento do shopping e da internet que nunca tem a velocidade pela qual você pagou. Mas acorda todo dia em cima da hora, enfia uma torrada goela abaixo enquanto entra no carro para pegar a Marginal, chega ao trabalho uma hora e meia depois, já estressadíssimo, mas cedo o suficiente para ganhar pontos com o chefe, enrola trinta minutos no Facebook, trabalha até o segurança avisar que vai fechar o prédio (se o prédio tiver esse privilégio) para ganhar pontos com o chefe, entra no carro, fica revoltado porque pega trânsito às 22h00, come alguma porcaria, acessa o e-mail e responde os que conseguir até umas duas horas da manhã (e fica todo orgulhoso ao saber que o chefe vai ver o horário de envio), desmaia de gravata no sofá mesmo enquanto tenta assistir algum seriado da moda para ter assunto com as poucas pessoas com quem conversa no café da empresa e logo começa tudo de novo. No seu momento de lazer, assim como todos os outros paulistanos, ele se enfia no carro com a sua família e vai para o shopping comprar tudo o que julga necessário para preencher o seu vazio, e acha normal esperar três horas para comer no restaurante que os colegas recomendaram. Tudo bem. Enquanto espera dá tempo de responder aqueles e-mails do trabalho e ler aquelas piadas no Facebook para smartphone. E a ordem de tudo está mantida.

Ao longo da minha não tão longa vida, descobri que eu não sou workaholic. Muita gente se espanta quando digo que prefiro trabalhar pouco e ganhar pouco a trabalhar muito e ganhar muito.

Preciso ter tempo livre para o meu ócio criativo. Para quem não sabe, além de escrever as bobagens aqui, eu também pinto, desenho, leio muito, danço e canto. Cultivo minhas amizades, saio bastante para comer fora, caminhar pela cidade, discutir coisas novas, testar jeitos diferentes de olhar o mundo, seja na companhia de outros, seja sozinha. Um tempo de solidão também é muito importante para mim. Preciso disso. Revejo meus conceitos sobre tudo de tempos em tempos e mantenho alguns e mudo outros.

Acho que a maior parte das pessoas é engolida pela vida e usa isso como desculpa para não pensar nela. E o pior é que são bem-sucedidas nisso e passam a vida como zumbis, sem ter conquistado nada além de bobagens materiais.

Não me isento disso não. Também vivo como zumbi a maior parte do tempo. Afinal, as contas chegam e tenho que pagar a fatura do cartão com todos os supérfluos que comprei no shopping para me sentir menos vazia. Mas eu luto contra isso, sabe? Minha saída de São Paulo é uma tentativa de uma vida diferente, com menos correria. Quem sabe eu não consigo achar minha missão ali? Quem sabe eu não consigo responder àquelas perguntas todas que me incomodam desde sempre? Quem sabe?

Eu não sei. Nunca sabemos. Mas acho que devemos ouvir as palavras dos mais velhos. Uma pessoa que respeito muito me disse essa semana: "Quando se é jovem como você, a vida é muito séria. Vocês levam tudo muito a sério. A vida é simples. Você anda para frente e, se tropeçar, levanta. Não leve tudo tão a sério. Viva mais e tenha menos medo. Quando estamos relaxados e descontraídos, além de cair menos, dói menos quando acontece. Se estamos tensos e inflexíveis, caímos mais e nos machucamos mais."

E esta me parece ser uma boa verdade.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Sonhos

"Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor." Johann Goethe (1749-1832)


Sou uma pessoa que morre todos os dias se não tiver um sonho e se não viver esse sonho. Eu tenho que seguir em frente até o sonho acabar. Se não é para frente, é para baixo. O meu lado escuro me envolve, me engole, me digere e eu morro.

Sonhos podem virar pesadelos. Mas aí eu arrumo outro sonho para perseguir. Sem sonho, eu morro.

Isso que sou não me basta. Essa carreira que tenho não é suficiente.  Essa vida que levo não me faz feliz. Tenho dúvidas se a cidade que me acolheu no nascimento e na minha vida até o momento ainda me cabe.

Lá vou eu para outra reviravolta na minha jornada.

Quando me separei e me vi só, pensei que seria o início de uma vida de independência. Sonhava em ter meu apartamento, em decorá-lo com cores vivas, ter um espaço para os meus livros e minhas gatas, pendurar minha rede cearense na varanda e ser capaz de dizer que não precisava de ninguém. E me vi com um salário ridículo, voltando a morar com os meus pais, a carreira estagnada e com um monte de sonhos destroçados.

Pensei que não tinha forças para me refazer. Morria de inveja das pessoas que conseguiam recomeçar. E não me dei conta de que toda a minha apatia derivava de um só componente: eu não sonhei com convicção. Meu sonho era fraco. Era supérfluo. Meu sonho nem era sonho de verdade.

Lutei sim. Persisti sim. Minha carreira encontrou um espaço onde eu conseguia pagar as minhas contas e isso me realizou por um tempo. Só que aí subi em um balão e olhei para mim mesma lá de cima. E vi que estava depositando o que achava que eram sonhos em um emprego. E essa não sou eu.

E as caixas da mudança ainda estão fechadas. Desde a minha separação, há 3 anos, que tenho caixas e caixas fechadas entulhando a casa dos meus pais. O que tem lá dentro? Nem eu sei.

Agora tenho um novo sonho. Ele vai me custar dinheiro, carreira, amigos, família e cidade natal. E é grande. Se é.

E vou ter que abrir aquelas caixas. Para fazer novas caixas, com novos sonhos. E, dentro de uma delas, vai a rede que comprei no Ceará.

Por enquanto, só tirei as telas e as tintas. E estou indo pintar um novo caminho. 


domingo, 25 de novembro de 2012

Medo


Já se perguntou o quanto já deixou de fazer por medo?


Receio é uma coisa. Olhar bem para os dois lados antes de atravessar a rua é receio. E isso precisamos ter. Deixar de cruzar a rua por medo é viver para sempre no mesmo quarteirão.

E o mundo é grande.

Chega de fazer historinhas trágicas na cabeça. Caiu, levanta. É assim. Tchau, medo. Estou indo fazer a minha história, porque sou eu quem manda nessa porra.

domingo, 4 de novembro de 2012

Esmola a um mendigo

Ninguém pode oferecer o que não tem. Às vezes esperamos coisas, gestos, atitudes de outros, mas acho que precisamos enfiar na cabeça que as pessoas possuem limitações. Tem gente que não tem dinheiro, tem gente que não tem coração e tem gente que não tem cérebro. E eu não quero pertencer à última categoria. Então chega de pedir esmola a mendigos.

sábado, 3 de novembro de 2012

Porque, assim,

foi tudo tão rápido que nem deu tempo de processar uma coisa e já veio outra. Mas minha vida é assim mesmo. Não luto contra isso. Se não dá para ser uma coisa de cada vez, que seja tudo ao mesmo tempo. Multitasking é o nome que deram para isso, não é?

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Reviravolta




E assim é. Uma hora o mundo está de pé, outra hora de cabeça para baixo.

Quando a gente menos espera, vem o mundo e te derruba. E aí vem alguém e te coloca de pé de novo. Mas aí você tropeça na escada e fica de cabeça para baixo de novo. E aí se levanta e por aí vai.

Acho que está na hora de começar a apreciar montanhas-russas com "looping", pois já precisei de  muitos saquinhos de vômito nessa vida.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Uma vez

Uma vez me disse que queria voar. E que não tinha asas.

Depois me disse que queria amar, mas não tinha coração.

E me trouxe um livro de presente. Lá dentro li sua alma.

No outro dia mandou flores. Sem cartão.

Em outra ocasião mandou dizer que não estava lá.


Uma última vez, talvez, virei poesia.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Fifty Shades of Grey: Resenha - SPOILER ALERT

Não me olhem com essa cara, não. Sei que todo mundo está morrendo de curiosidade! Curiosidade, aliás, foi o que me levou a ler este livro. Não li resenhas, não sei do que a mídia falou. Confesso que estou bem fora do mundo midiático. Quando decidi ler o livro eu tinha as seguintes informações: best seller, leitores em sua maioria do sexo feminino, comentários de amigos (homens e mulheres) que variavam de "pesado", passavando por "pornô para cinquentonas" e chegando a "leve demais".

Com tantas dissonâncias, me vi tentada a folhear o tal livro que gerou tanta suposta polêmica.

"Crepúsculo para maiores" 
(ou "Fórmula para um romance de sucesso")

Assim como foi a curiosidade que me levou a ler Crepúsculo, as coincidências não param aí. Será coincidência que os dois se tornaram best sellers?

1) Da personagem feminina:

Tanto em Crepúsculo como em Fifty Shades of Grey, a genialidade do romance está na personagem principal. Isabella Swan e Anastasia Steele são a mesma pessoa: você.

Perceba que nenhuma delas é descrita em detalhes e que todas as suas características são comuns a 99% das mulheres: ser mais desajeitada do que graciosa, ter cabelos que não se comportam como queremos, ter problemas de autoestima e não se sentirem merecedoras de um Edward ou de um Christian... e por aí vai. Conheço poucas mulheres que não se identificariam com estas personagens. Ainda que não neste ponto da vida, em ALGUM ponto você foi Isabella Swan ou Anastasia Steele. Muito provavelmente na adolescência. 

Ficou fácil se identificar, né? Ficou fácil de entender por que o público leitor de ambos é essencialmente feminino, né?

E esses nomes óbvios, hein? Swan quer dizer cisne (lembra do Patinho Feio?). Steele vem de "steel", que quer dizer aço (algo durável e resistente).

2) Da personagem masculina:

Edward Cullen e Christian Grey também são a mesma pessoa. Desejáveis, perfeitos, inacessíveis (exceto que se apaixonaram por você, a desajeitada que não merece o cara), descritos à exaustão e com um defeito intolerável. Um é vampiro, imortal, bebe sangue e, para você ficar com ele e ser feliz para sempre, tem que sucumbir. O outro curte BDSM e é cheio das questões. E, para você ficar com ele e ser feliz para sempre, tem que sucumbir.

Outro nome óbvio aí: Grey, que é cinza. Não é preto nem é branco. É o meio termo que nem ele sabe se consegue ser, mas que Ana Steele quer que seja.

3) Do romance:

Basicamente a história de Crepúsculo e de Fifty Shades of Grey é assim: "conheci o cara perfeito", "o cara perfeito gosta de mim", "eu não mereço que o cara perfeito goste de mim", "o cara perfeito tem um defeito", "eu descobri esse defeito", "de repente até pode ser que eu mereça esse cara que não é mais tão perfeito assim", "eu aceito esse defeito".

Como não li as sequências de Crepúsculo e não pretendo ler as de Fifty Shades of Grey, não sei como isso se desenrola. Parece-me, no final das contas, que existem duas possibilidades: sucumbir ou largar o cara perfeito. Se alguém leu ou viu as continuações, me conta porque eu não vou ler nem assistir.

Agora, sobre os comentários, quem achou "leve" estava esperando mais do BDSM do que da história. É o mesmo que dizer que Edward brilha como fada e achar que esse é o cerne de Crepúsculo. Desculpa. Não é. Tanto Crepúsculo como Fifty Shades of Grey possuem o mesmo objetivo: vender livros para meninas que vão suspirar por Cullen ou Grey: o cara perfeito que tem um defeito inaceitável. Tão Romeu e Julieta quanto o próprio: o velho tema do amor proibido.

Como a maior parte dos best sellers, é um passatempo. Mas não esperemos muita profundidade daí. Tenho, no entanto, que dar mérito a uma qualidade de Fifty Shades: a menção de Tess of the D'Urbervilles, de Thomas Hardy, um dos meus romances favoritos de todos os tempos. Ainda que a menção seja a respeito dos aspectos mais irrelevantes do romance de Hardy, ela existe. Não sei como é a percepção de quem não leu Tess, mas eu gostei das sacadas e das comparações.

Bom, agora que já sei a fórmula do sucesso, vou escrever o meu best seller. Me ajudem a escolher o defeito inaceitável do meu galã:

(   ) canibal
(   ) gay
(   ) PSDBista
(   ) outro. Especificar: _______________


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Marcas

Às vezes me acontece isso de escrever um monte e deletar antes de postar. Fico levemente frustrada, mas depois penso que foi melhor assim. Nada que eu vá postar quando estou brava, chateada ou irritada pode ser bom.

A vantagem do blog ou do Facebook é que temos este tempo de escrever, despejar tudo ali, ler, reler e pensar antes de clicar no botão.

Seria ótimo se pudéssemos fazer isso na vida fora do computador também. 

Todas as nossas ações deixam marcas. Há um provérbio que diz que devemos escrever as coisas ruins na areia e as coisas boas em mármore. É. Devemos. Às vezes não conseguimos. Seja na areia, seja no mármore, deixamos marcas por aí. Algumas se apagam como pegadas na areia. Outras são sobrepostas como quando você se cansa daquela tatuagem que você fez aos dezesseis anos e já está toda feia e verde. Mas outras ficam e viram cicatrizes. Outras nunca cicatrizam.

Se perdoar é deixar que a cicatriz não te incomode mais, então que seja. Gostaria de ser mais nobre e tal, mas é bem difícil andar por aí com o abdômen aberto, segurando os intestinos dependurados, o sangue jorrando e dizendo que aquilo não te incomoda. Não sou vingativa, não faço planinhos malignos, mas tem coisa que demora para cicatrizar. E tem que respeitar, porra.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Transformação, ciclos e revoluções

Já devo ter falado sobre isso muitas vezes aqui, mas é tema recorrente. E falando em tema recorrente, vou dividir com vocês algo que elaborei em minha adolescência. =) 

Quando eu tinha uns quinze ou dezesseis anos, elaborei a Teoria da Espirologia. Exceto pelo nome ridículo, ainda hoje acredito que ela faz muito sentido. =) Como não é algo de profundidade relevante, acredito ser possível ser breve e concisa:

Introdução à Espirologia


Pensemos a linha do tempo como sendo de fato uma linha. Os eventos se sucedem, um após o outro, enquanto caminhamos (ou corremos, ou tropeçamos) por esta linha. Isso, a meu ver, é senso comum, na pior de suas conotações.

Como filósofa brilhante que eu era aos quinze anos, observei que na natureza os eventos não ocorrem em linhas em sua maioria, mas em ciclos. O dia e a noite são reflexos de um movimento de rotação de nosso planeta. Os anos são a formalização de uma revolução da Terra girando ao redor do Sol. Ainda que se pense a vida como uma linha, em nossa morte voltaremos ao solo como substâncias necessárias para a geração de novas vidas.

Comecei a observar o desenrolar de minha própria vida. Os acontecimentos iam e vinham em ciclos. Alguns mais curtos, outros mais longos. No entanto, quando o evento voltava, eu já não era a mesma pessoa. =) Assim, o círculo nunca se fecha. A vida caminha em espiral. Não em círculos e não em linhas. 

Às vezes pensamos que as oportunidades vão embora e não voltam nunca mais. Algumas são assim. O ciclo é maior do que a sua vida, só isso. Mas, em geral, elas voltam. E, se tudo der certo, elas vão te encontrar em um ponto diferente da espiral, porque você mudou, você evoluiu, você continuou andando para frente e não em círculos. E talvez você perceba que aquilo não era tão importante assim... Ou era, e vai ter outra oportunidade de agarrar aquilo.


Bom, toda essa divagação foi para falar de evolução.

Porque a vida caminha em espiral, evolução pessoal é uma grande questão para mim. E, vira e mexe, ela volta.

Como todo mundo, a gente sempre acha que as nossas questões são as questões humanas e universais. Mas não. A cada dia descubro que esta é uma questão minha e que muita gente não está nem aí. Fica patinando no lugar, andando em círculos. E é por isso que elas não tiveram o insight da espirologia na adolescência. Eu ficava pensando que as pessoas não tinham o insight porque não pensavam sobre isso, mas hoje vejo que podia ser por andar em círculos mesmo.

Para mim, é importante ter autoconhecimento. É importante ser uma pessoa melhor, mais equilibrada, mais evoluída, mais capaz de se adaptar às situações. Luto por isso todos os dias da minha vida e só dá para fazer isso de um jeito, a meu ver: sendo conservadora e aberta ao novo. Ao mesmo tempo.

Você elabora as suas experiências, pega o que ficou de bom, joga fora o que não lhe serve. Ao longo do tempo, suas convicções do que pode ser bom se consolidam e elas se tornam os seus valores. Mas isso não pode nos impedir de olhar o novo, de ouvir uma nova perspectiva, de ampliar horizontes, de considerar mudar o nosso conjunto de valores uma vez que tudo é dinâmico e qualquer radicalismo é burro.

Difícil?

É. Dá trabalho. E dói. Mas o caminho é interessante. E qual a graça de fazer trilhas e caminhos diferentes se só prestamos atenção no chão? Tem tanta coisa ao nosso redor, sabe?

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Mulher fratura o crânio e se recupera após queda de cavalo

http://www.desenholando.com/2010/09/isso-e-literalmente-cair-do-cavalo.html

Em entrevista exclusiva, o traumatologista que está assistindo a paciente, Dr. Raimundo Correa Aguiar, informa que existe a possibilidade de sequelas permanentes.









***

Nicolas, comprei a caixa com os livros da série Game of Thrones na Livraria Cultura. Não foi caro não. Bem mais barato do que comprar em português ou avulso.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ok, ok

Sei que estou sumida. 

Três motivos:

1) Final de semestre (sou professora e estou de cabelos em pé);
2) Nada novo no front e nenhum ócio produtivo;
3) Jujuba (não é uma nova dieta. É um cachorro resgatado da rua. Estou procurando o dono, mas por enquanto, ele habita a minha vida e a do digníssimo que o resgatou. Está nos deixando sem os cabelos que já estavam em pé).

Logo entro em férias e atualizo tudo! Fui.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Finalmente o frio

Depois de quase derreter neste verão cruel, o tão esperado frio chegou à capital.

Para quem está se lamentando, frio é tempo de...


... fondue
... cobertores felpudos
... filmes, filmes, filmes
... chá mate com leite
... bolinho de chuva com canela e açúcar
... pão de queijo quentinho (se bem que isso vale para todo o resto do ano também)
... tirar soneca com o gato ronronando em cima de você
... ler todos aqueles livros que você comprou durante o verão
... usar cachecol de várias maneiras (este vídeo ensina 25 jeitos diferentes de usá-lo)
... meia-calça fio 80 com desenhos legais
... botas de cano longo
... cappuccino
... juntar os amigos em casa para jogar baralho ou jogos de tabuleiro
... queijo e vinho
... trilhas na montanha
... poder chegar do trabalho sem estar melado de suor
... transporte público sem necessidade de filtro nasal
... doce de leite
... e, como não poderia faltar...


... creme de mandioquinha!

A minha receita é bem tosca, as medidas são meio fora de padrão, mas fica gostoso.

Ingredientes:

- mandioquinha (umas 5 ou 6)
- 1 tablete de caldo de galinha ou de legumes
- água
- sal
- salsinha
- azeite
- queijo ralado

Modo de preparo:

Descasque a mandioquinha e corte em pedaços (não precisa ser muito pequeno. Se cortar cada uma em 3 ou 4 pedaços está bom). Coloque em uma panela e coloque água até cobrir a mandioquinha e passar uns 3 cm. Adicione o tablete de caldo de galinha e dissolva na água ou, se usar aquele em pó, é só jogar na água. Cozinhe por 10 a 15 minutos na panela comum ou 8 a 10 minutos na panela de pressão. Retire do fogo e, na própria panela, use um mixer para bater tudo (ou use o liquidificador, mas o mixer é mais fácil de lavar). Experimente e, se necessário, coloque mais sal (eu nunca coloco). Depois é só colocar num prato fundo bonito, adicionar salsinha, um fio de azeite e queijo ralado. 

Se quiser congelar, é só colocar em potinhos antes de adicionar a salsinha, o azeite e o queijo ralado. =)


sexta-feira, 27 de abril de 2012

Homens românticos vs mulheres manipuladoras

Você, pessoa antenada, já deve ter notado a quantidade alarmante de homens românticos que brotou do chão nos últimos tempos, não?

Você também já deve ter notado que todas as mulheres odeiam, humilham, torturam e exploram os coitados dos homens, não?

Bom, eu não sei de você, mas é isso que tenho visto nas redes sociais. Imagens como essas ao lado vivem aparecendo. E como as redes sociais somente refletem a verdade, deve ser isso mesmo.

Esse pessoal que fica botando lenha na fogueira da guerra dos sexos é, estranhamente, o mesmo pessoal que compartilha imagens dizendo que gays, negros, animais abandonados, vegetarianos e ateus são iguais. 

Só as mulheres não são?

Que coisa estranha. (É. Estou irritada mesmo.)

Desculpa aí, mas eu acho que um pouco de discernimento vai bem. Assim como tem homem (negro, gay, vegetariano, ateu, abandonado etc.) honesto, também tem mulher (negra, gay, vegetariana, ateia, abandonada etc.) honesta. Assim como tem homem (negro, gay, vegetariano, ateu, abandonado etc.) escroto, também tem mulher (negra, gay, vegetariana, ateia, abandonada etc.) escrota.

Entendeu? Ou quer que desenhe?

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Momento perua

Como não tenho nada profundo, poético, otimista ou mesmo interessante para contar, vou mostrar o meu lado fútil, superficial, mulherzinha e "phynno" e listar meus produtos favoritos. Quando tenho grana (e/ou amiga/cunhada/irmão voltando do exterior), estes são meus favoritos de todos os tempos:

Filtro solar Avène FPS 50+:

Apesar de não ser branquela, minha pele mancha muito facilmente com o sol. Passo todos os dias, religiosamente. Textura perfeita (para pele mista), e não deixa a pele brilhante.





Base Líquida FPS 15 Natura Una - Bege Médio:

Esqueça M.A.C.. Esta é a melhor base que já usei na vida. Não vinca, não derrete, tem cheiro bom, esconde as imperfeições, mas a sensação é de não estar usando maquiagem. Perfeita.




Liquid Eye Liner M.A.C.

O aplicador mais firme ajuda até as mais descoordenadas (a.k.a. eu) a conseguir traços  relativamente decentes.
Batom Tinted Lip Spa - Sake - NYX

Batom mágico para pessoas com lábios muito ressecados. Extremamente cremoso (tanto que chega a ser um pouco difícil aplicar) e com substâncias de tratamento (whatever they are, they work). As cores são todas bem básicas e discretas (cor de boca, nude etc.) e a cobertura é translúcida.


High Definition Lashes - Clinique

Tem aplicador de escovinha de um lado e pente do outro. A escovinha deixa os cílios enormes, o pente separa os cílios e tira aquelas bolotas medonhas. Não borra e não derrete, mas é um saco para tirar.


Soft Blush Make B - Rosa Diurno - O Boticário

Gosto da aplicação prática e da cor. Apesar de ser rosa na embalagem, no rosto fica bem discreto e tem um leve brilho.



Shampoo Verveine - L'Occitane

O melhor produto que já encostou nos meus cabelos EVER. Tira a oleosidade da raiz e não resseca. Perfeito para quem lava os cabelos todos os dias.



Creme para as mãos Karité - L'Occitane

O mais poderoso e maravilhoso que já usei. Um oásis para quem trabalha com giz. Para quem não gosta de coisas muito perfumadas, esse quase não tem cheiro e dura bastante. 








Perfume Amor Amor - Cacharel


Adoro para o dia, para a noite, para tudo. 






Entre outros favoritos, tenho o demaquilante para a área dos olhos Contém 1g (esse nem é tão caro e é muito bom) e para o resto do rosto tiro a maquiagem com demaquilante da linha Chronos (Haja Chronos para aguentar tanta maquiagem). Minhas sombras favoritas são NYX (a cor que está no potinho é a cor que fica na cara).

Se alguém aí estiver indo para o exterior, tenho encomendinhas a fazer! =)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Momento nerd

Fossem outros os tempos eu estaria aqui me desculpando por ter sumido. No entanto, acho que simplesmente minhas postagens estão se tornando mais esparsas. Ou talvez seja porque o meu tempo livre foi consumido por...


NHAM!

Estou comendo esses livros como não comia desde "O Senhor do Anéis" lá na minha adolescência.

Não estou acompanhando a série na TV, mas vi alguns episódios e resolvi comprar os livros. Para nerds de plantão é um prato cheio. Temática épica, narrativa interessante. Por um lado, é até melhor do que Tolkien, pois não há aquele maniqueísmo de elfos bonzinhos contra orcs malvados. Os personagens são bem humanos, com falhas e virtudes. O que mais gostei foi o modo com que o autor narra. Os capítulos são curtos e cada um deles é focado em um personagem. Não chega a ser narrativa em primeira pessoa, mas acaba acontecendo um quase discurso indireto livre - artigo raríssimo, senão inexistente, em best sellers. Fora o monte de cabeças rolando, sangue e morte. Comecei a ler outro dia e já estou no meio do quarto livro. Só não terminei ainda porque o trabalho fica interrompendo minha leitura.

sexta-feira, 16 de março de 2012

O sentido da vida

Buscar o sentido da vida é inerente ao ser humano. Afinal, é muito chato pensar que estamos aqui porque umas moléculas se juntaram e que um dia as larvas as comerão.

Digressões à parte, hoje penso que o sentido da vida é para a morte. Explico: acredito que nós morremos como vivemos.

Uma pessoa que vive para si, não pensa nos outros, não constroi laços, não compartilha nada, morre como viveu: sozinha. Quem vai contar sua história? E que história será contada? Uma pessoa que acumulou um monte de bens, mas não investiu nas relações pessoais, vai ter um caixão caro, uma vaga num cemitério chique e um funeral frio. E depois de enterrada, vai deixar parentes... brigando por herança. Quando tudo for partilhado, quem vai contar sua história e que história será contada?

Eu acho que o sentido da vida passa por aí. Essa é a pergunta que guia meus passos: vão contar minha história? E que história será contada quando eu partir? (seja na forma de espírito, de decomposição de matéria, para o paraíso, inferno ou purgatório, ou o que quer que seja).

Independentemente de religião ou crença, o ser humano deveria se preocupar mais com a sua história. Ninguém deveria querer ser um livro enfadonho ou um filme insípido.

A minha história tem a minha dose de aventura, minha dose de tragédia, minha dose de romance. A minha história tem erros e acertos. Quero que ela tenha mais acertos do que erros, mas é melhor errar e aprender do que nunca aprender. 

Saber se conhecer, saber suas limitações, saber seus erros, saber quando ser exigente e quando perdoar a si mesmo, tudo isso enriquece a nossa história. E cada coisa que aprendemos ajuda a sermos uma história melhor quando morrermos. Uma mais estruturada, mais inteligente, mais complexa. Uma boa história é contada e adaptada mil vezes. Uma história medíocre a gente lê no banheiro ou assiste e esquece, e sequer sabe o nome do diretor.

E aí o papo não tem mais nada a ver com religião, porque morrer, todo mundo morre.

E você? Como quer morrer?

sábado, 3 de março de 2012

Luto

A minha vida vai bem, obrigada, dadas as circunstâncias.

Tenho lido bastante, trabalhado outro tanto, dançado outro tanto. Ainda sobrou um vazio, mas por enquanto, não quero preencher com nada nem ninguém.

Enquanto isso, luto.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Ponto final

É triste porque não foi o monte de coisas que eu esperava que fosse.

Mas chega de se lamentar pelo que não foi.

Obrigada, D., pelo que foi. Se houver um reencontro, que seja de duas pessoas diferentes; que possam amar, confiar e respeitar. Por enquanto, adeus.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Um dia perfeito

Meu dia começou péssimo com água da chuva de ontem gotejando pelo teto do meu carro que era, até onde eu sabia, impermeável. Os semáforos  estavam embandeirados na avenida que preciso pegar e o trânsito estava parado como eu nunca tinha visto nos arredores da escola. Atrasei para a reunião que eu tinha cedo e, apesar de não ter levado bronca, fiquei chateada porque tinha mil coisas que eu queria conversar nesta reunião e não deu tempo. A primeira aula foi um caos e... blablabla

http://www.flickr.com/photos/52108144@N07/4886659389/
Poderia ficar aqui enumerando todos os fatos cotidianos que poderiam ter estragado o meu dia. Aliás, não conheço uma só pessoa que tenha tido um dia perfeito na vida, embora todas elas se lembrem de vários. Quer saber? Nós fazemos os dias perfeitos. Somos nós que escolhemos dar a devida importância ao carro mofando ou àquela amiga de quem você estava morrendo de saudade e com quem você conversou por meia-hora no final do dia.

Os problemas cotidianos existem e sempre existirão. Cansar-se para dar manutenção na sua vida é cotidiano. Eu, pelo menos, imagino que é para isso que serve dinheiro e energia, por exemplo. Se o meu carro está caindo aos pedaços, ótimo. Porque eu tenho um. Se meus alunos estavam eufóricos hoje, ótimo. Porque eu tenho alunos. Se o trânsito estava horroroso, ótimo. Porque eu escolhi continuar vivendo nesta cidade.

Quando fazemos escolhas, assumimos (ou deveríamos assumir) as responsabilidades que as acompanham, ora essa. Para quem nem assume e nem percebe, isso tem nome e é psicose.

Mas, olha só. Neste mesmo dia do carro alagado, conversei longamente com a minha amiga e combinamos de fazer alguma coisa no Carnaval (baratinha, né? Porque esse carro vai me custar uma grana que não tenho. Mas ficar de papo e ver um filme em casa sempre dá). No mesmo dia da reunião quase perdida, recebi uma notícia ótima de um primo muito querido. E no mesmo dia em que eu quase me matei para controlar uma classe eufórica pós-recreio, recebi uma ligação de alguém muito especial que só queria dizer que me ama. 

O carro, o trânsito, a aula... tudo isso é ordinário e faz parte do meu cotidiano. Será que vale ficar me lamentando por isso? Passo. Prefiro me alegrar com as pessoas que fazem a minha vidinha cotidiana e ordinária valer a pena. No final é isso. A vida é boa por causa das pessoas e das relações que estabelecemos com elas e não com as contas que temos que pagar para poder ter essas oportunidades.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Educando

http://www.mshos.com/blog/welcome-back-to-school-
Acho que todo ano eu posto sobre o assunto, não? Mas não tem jeito. Professor que não sente friozinho na barriga no primeiro dia de aula é porque já engessou. Já robotizou. Já deixou de ser professor.

Hoje comecei no colégio novo. Por enquanto só no extracurricular. A partir de quarta-feira, carga cheia, no ensino regular também. =)

Muitas vezes vejo as pessoas comentando que professor tem vida boa, que "escolhe os dias de trabalho", "trabalha pouco", "reclama de barriga cheia".

Não vou ficar defendendo a classe porque isso cabe ao sindicato. No entanto, existe uma grande diferença - conceitual, eu diria - entre o professor (ou instrutor) e o educador.

Uma pessoa que sobe no tablado, despeja conteúdo na cabeça do aluno e testa se o aluno "captou" (o conteúdo) é um professor? Ué. Pode ser sim. Tive inúmeros desses. 

Aqui, no entanto, vou defender a figura do educador. E, independentemente de área, de série, de tipo de curso, existem professores ou instrutores e existem educadores.

O educador é aquele que não tem vida fácil. Que pode até escolher os dias em que estará presente na escola, mas não os dias de trabalho, pois trabalha todos os dias. Domingos e feriados, inclusive. E não me refiro somente à preparação das atividades. O educador reflete sobre suas práticas todos os dias. Ele aprende todos os dias. E isso dá um trabalho do cão. Ou você acha que sala dos professores só serve para vender bolo e Avon? Uma sala dos professores onde há educadores é um ambiente de troca, de reflexão, de dizer "putz, usei a atividade que você me emprestou e não deu certo no meu grupo. Por que será?". 

O educador pensa no conteúdo sim. É claro. É pago para isso. Mas, além disso, ele pensa também no modo como esse conteúdo vai ser trabalhado e quem é esse aluno que está diante dele e em como esse aluno está inserido no contexto histórico. 

E não é proibido errar. A educação é um eterno laboratório. Revelarei aqui um segredo milenar: quando o professor erra, é o aluno se sente culpado, burro e incapaz. Fórmula de sucesso, não? Fica fácil para o professor usar a desculpa "Eles são desinteressados e não querem nada com nada."

E acho que aí reside uma das principais diferenças entre um educador e um instrutor. O educador chama para si a responsabilidade e se pergunta como fazer para envolver aquele aluno. Por que será que ele está desinteressado? Como será que posso tornar isso aqui tão fascinante para ele como é para mim?

Ser educador dói. É reconhecer em si mesmo a incompetência diante do fracasso escolar do outro. É ter a humildade de se saber um eterno incompleto. Dói mesmo. Mas é também saber que, assim como nos fracassos, você também tem parte nos méritos.

Existem vários tipos de recompensa na educação. A menor delas é o salário, infelizmente. A segunda menor delas é quando você pergunta "O que aprendemos hoje?" e os seus alunos listam o que estava no seu campo "objetivos" do plano de aula. Sinal de que fiz o mínimo. 

Agora quando um aluno de 4 anos te pergunta "tia (primeiro dia de aula, vai. Hoje passa. hahaha), amanhã tem inglês de novo?"... Pô. Ganhei meu dia. =)

Um feliz ano letivo a todos os meus colegas educadores. 


Colegas professores-instrutores-despejadores-de-conteúdo, espero que possam se tornar educadores também. A classe, com sentido duplo mesmo, agradece.


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Recado para a Madoka: me passa o seu endereço (do blog), por favor? Entrei no seu perfil, mas não aparece link lá.