quarta-feira, 28 de abril de 2010

Como bloquear celular roubado: divulgue!

Para quem teve o celular roubado:

1) Não deixe de fazer B. O.;

2) Comunique a sua operadora e bloqueie a linha assim que possível. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone, sem muita burocracia. Assim você não se responsabiliza pelo mau uso de sua linha e poderá reaver o número depois. É só comprar um chip novo e dizer que deseja manter o número e reabilitar a linha. E você terá o B.O. comprovando o horário do roubo. Entre esse horário e o horário de reabilitação da linha, você não responde por ela;

3) Bloqueie o aparelho também. Sei que andou circulando e-mail com esta informação, mas sempre é bom para os desavisados:

Cada aparelho tem um número chamado IMEI. Este número é único e, com ele, você pode bloquear seu aparelho. Você não vai mais poder usar esse aparelho, mas o ladrão também não. Para obter o IMEI do seu celular, você pode consultar a nota fiscal ou discar *#06# no celular. O IMEI é um número com 15 algarismos. Anote esse número e guarde. Se seu celular for roubado, é só ligar para a operadora, fornecer esse número e eles bloquearão o aparelho. (Ao fazer isso, no entanto, a Claro só bloqueia para chips Claro. Se quiser bloquear para qualquer chip, você deve ir até uma loja Claro de posse do B.O. e solicitar o bloqueio total do aparelho. Não sei como é nas outras operadoras.)

De qualquer maneira, é um procedimento simples. E, se todo cidadão adotá-lo, poderemos desencorajar a prática desse tipo de crime. Divulgue!

As operadoras não divulgam e nem os fabricantes. Óbvio.

domingo, 25 de abril de 2010

Violência urbana

Ontem, pela décima vez em minha vida, fui assaltada. Desta vez por três indivíduos (um recorde pessoal. Ainda não fui assaltada por 4 ou mais pessoas e espero nunca ser. A não ser que eu desenvolva habilidades ninja até lá).

Não sei se foi sorte ou azar eu estar com um amigo, pois, tenho certeza de que se estivesse sozinha eu teria reagido, como sempre. (Sim, eu reajo e sou sim a favor da reação. Violenta ou não.)

Fiquei puta da vida com o acontecimento. Me levaram 70 reais muito suados e o meu celular novo (não tinha nem um ano!). E nem UM minuto depois do assalto passou uma viatura da Rota. Meu amigo conseguiu parar a viatura, entrou e tentaram perseguir os elementos, mas esses caras evaporam em segundos. Fomos até a delegacia, fizemos o B.O. e fomos nos lamuriar em outro canto. Estava pensando hoje de manhã, puta com a grana que perdi (estou na pindaíba forte esse mês) e com a grana que ia ter que gastar porque não posso ficar sem celular. Mas aí me lembrei que, na verdade, até que tive sorte:

- Eu estava pensando em trocar de celular, mas resolvi deixar mais pra frente porque estou sem grana.
- Eu ia migrar para pós-pago porque estou gastando mais no pré do que gastava no pós, e não deu tempo na semana.
- Eu havia recebido um pagamento em dinheiro de uma pessoa e em cheque de outra (que não estava nominal ainda) e me lembrei de deixar em casa antes de sair à noite
- Eu pensei no meu amigo e não reagi. Nem me ocorreu na hora que eu podia levar tiro se tivesse reagido, mas me ocorreu que meu amigo poderia apanhar ou levar tiro e fiquei na boa.

No final das contas, até que tive sorte.

Mas, porra. Os filhos da mãe levaram o único maço de cigarro. Isso sim foi imperdoável.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Postagens idiotas

Peço desculpas pelas postagens idiotas dos últimos dias, mas não estou com tempo para escrever nada mais decente.

Minha luta tem sido aumentar minha renda até x mil reais, ficar uns meses estável com ela e sair para procurar um lugar para morar. Estimei minhas necessidades mínimas, meus luxos mínimos, calculei tudo e estou na luta.

É deprimente ver como está difícil ganhar um salário decente nessa cidade. É mais deprimente ver como minha área está desvalorizada. Já pensei em fazer pós-graduação, já pensei em fazer outra faculdade e mudar completamente de área, já pensei em procurar trabalho em outro estado e em outro país, estou atrás de concursos públicos. E não saí de meu estado de paralisia. Eu ando ando ando, me esforço, me desgasto e não saio do lugar.

Felizmente fui acometida por uma avalanche de trabalho essa semana (tudo freelance, é claro). Estou me matando aqui, vou ser mal paga (e não é um cliente não. Todos estão pagando mal. Fiz pesquisa de preços no mercado e é isso mesmo o que estão pagando. Deprimente, repito), mas estou no desespero. De cem em cem reais a gente chega lá.

E lá vou eu, voltar para a labuta. Se não tenho objetivos claros quanto ao caminho que vou trilhar daqui em diante, o final está claro: preciso me manter sozinha.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Adolescente

Sim, estou passando por uma fase adolescente.

Espero que passe logo. Não aguento mais não saber nada e achar que sei alguma coisa.

E meu corpo está começando a reclamar dos ciclos de sono absurdos a que estou me submetendo.

Metas

Por isso que eu gosto de conversar. Ao conversar, acabamos fazendo autoanálise. E, se seu interlocutor for legal, ele te ajuda e faz as perguntas certas.

Descobri que:

1) Minha vida está patinando porque não consegui decidir o que quero dela;

2) Não adianta ter potencial. Isso eu tenho. Mas o que fazer com ele? Se eu não tenho metas concretas, planejadas e com prazos, não adianta nada.

3) Eu estou completamente desorganizada;

4) Minha acepção de mundo ideal precisa mudar, já que minha situação real mudou. Não adianta me prender a valores velhos se está tudo novo;

5) Estou sozinha. E não me venham com "conte comigo" não. Na hora que a água bate na bunda, está todo mundo sozinho.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Esclarecimentos

Para quem viajou na postagem anterior, eu sou assim mesmo. Posto muita coisa com meias palavras. heheheh

Não. Não estou deprimida. Não. Não estou pensando em me matar não. É tudo figura de linguagem.

Estou numa daquelas encruzilhadas da vida em que parte de você terá que morrer dependendo das escolhas que vai fazer. Quem sabe um dia não compartilho o que estou passando e as escolhas que estou fazendo? Mas, agora preciso me trocar e sair correndo para trabalhar.

[EDIT] Acho bizarro que o tamanho da fonte mude dependendo de que computador usei para postar!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Suicídio

Estou em dúvida.

Cometo um suicídio social, um suicídio moral ou um suicídio geral?

domingo, 11 de abril de 2010

Dancing with myself

Por mais que as pessoas neguem, acho que grande parte delas ainda procura pelo príncipe encantado. Pessoalmente, acho que a grama do vizinho é sempre mais verde. Quem está sozinho acha lindo namorar. Quem está com alguém chega um ponto que morre de inveja dos solteiros.

Ficar sozinho é uma arte. Se está sozinho, levante as mãos aos céus. Celebre sua liberdade. Viva. Dance. Pule. Grite. Solte sua voz. Descubra quem você é. Sabe uma coisa que eu adoro? Cair na pista de dança, fechar os olhos e dançar do jeito que eu quiser. Sem me importar se estou fazendo alguém passar vergonha ou se eu mesma estou passando vergonha. Sem me preocupar se a pessoa que está comigo (porque ela não existe) está se divertindo ou se quer ir embora.

Cada fase tem sua mágica. Saber aproveitar é essencial.

[EDIT] Sobre o título da postagem anterior: "O inferno são os outros" (célebre frase de Jean-Paul Sartre, filósofo existencialista)

[EDIT 2] Os comentários estão moderados a partir de hoje, pois os robôs aprenderam a ler as letrinhas de checagem.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

L'enfer, c'est les autres

Sartre que me perdoe, mas acho que somos em grande parte responsáveis pelo nosso próprio inferno.

terça-feira, 6 de abril de 2010

À moda antiga

Nós passamos 70% do nosso dia provando para todo mundo que somos capazes, fortes e autossuficientes. Batemos o pé por independência financeira, insistimos em rachar a conta e nos fantasiamos diariamente de self-made man ("man" sim. Ou não usaríamos ternos para nos impormos corporativamente. Usaríamos vestidinhos florais, larguinhos e sem cinto, com sandálias rasteiras ou sapatilhas.)

Mas vem alguém e te dá passagem, abre a porta do carro e te liga só para saber como você está. E quebra todo o paradigma.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Família

Mesmo que seja a certeza de trazer à tona rusgas do passado, nossos familiares são aqueles que seguirão conosco. Amigos vêm e vão. Alguns ficam. Companheiros vêm e vão. Às vezes um deles fica. Mas pai é pai. Irmão é irmão. Tio é tio. Primo é primo. E quando podemos estar com eles porque queremos e não porque somos obrigados, aí não tem o que dizer. Vale mais do que qualquer chocolate.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Microconto de terror

B. abriu os olhos às 5h47. A luz frágil que entrava pela veneziana a convidava a mudar de posição e deixar que o sangue circulasse pela sua perna direita quase adormecida. Era tarde demais. B. já estava desperta.

Com um salto só, B. se pôs de pé. O formigamento subiu por sua perna adormecida e B. caiu sentada no colchão. Por entre os dentes cerrados xingou alguns palavrões em seu pensamento e massageou a panturrilha e a sola do pé. Do lado de fora, os pássaros celebravam um novo dia, mas B., que nunca se importara com a cantoria, como todos os dias, permaneceu surda a mais esse ruído que se misturava aos primeiros carros e caminhões passando na avenida uma quadra para baixo.

B. sentia os olhos pesados e inchados. E se perguntava se não deveria voltar a dormir. Afinal, não tinha compromisso algum. Hoje B. completaria dez anos na empresa e receberia um troféu de acrílico com seu nome. Não fosse um contrato milionário que fez com que seu diretor se decidisse, pelo bem de todos, por uma fusão com uma gigante do setor. Aos vinte e um dias de desemprego, B. já havia engolido aquele discurso de seu ex-chefe (aquele gordo empacotado no seu terno um número menor, com a testa engordurada, sempre sorrindo seus dentes amarelos) junto com inúmeras doses de sua última garrafa de uísque caro.

Quando passou o formigamento, B. calçou seus chinelos de borracha e fez o caminho automático para o banheiro. Desviou com maestria do vestido cheirando a cigarro e a bebida que, na noite anterior havia sido dispensado à porta, como um amante abandonado. Sem acender a luz, ainda com os olhos fechados, esfregou a testa e o nariz. Reparou que sua pele estava ficando cada vez mais oleosa. Devia ser o Shiseido que comprara no Duty Free em sua última viagem de negócios, nem trinta dias atrás. Um desperdício saber que o destino do precioso cosmético seria cotovelos, joelhos e calcanhares dali em diante.

Sem perceber o movimento, B. acendeu a luz. Por uns instantes espremeu os olhos e franziu o nariz. Coçou as têmporas enquanto sua vista se acostumava à claridade. Seu cabelo encrespado havia se tornado um nó cego. B. começou a pentear os cabelos com os dedos na frente do espelho. Seus olhos ainda estavam pesados e B. reparou nos pés-de-galinha. Aquela luz fluorescente acentuava ainda mais os seus defeitos. Enquanto digladiava-se com o cabelo embaraçado, B. arregalou os olhos, para ver se melhorava a aparência de suas rugas e, para a sua surpresa, a imagem no espelho não se moveu. Intrigada, B. abriu a boca exageradamente, como se estivesse gritando em uma atuação teatral. Nada. B. inclinou a cabeça para o lado esquerdo e a imagem no espelho inclinou também. Ela quase se sentiu aliviada e quase sorriu. Mas seu reflexo não quase sorriu. Permaneceu indiferente. As rugas e os olhos inchados.

Tudo igual.

Feriado

Amanhã é dia de comer peixe. E de celebrar o dia em que Jesus se lascou pelo bem da humanidade. (Corrijam-me se eu estiver errada, mas eu estava andando de skate enquanto crianças normais faziam o catecismo).

Para alguns também é dia de se acotovelar para comprar ovos de Páscoa de última hora. Ou de ir para a praia.