sábado, 12 de junho de 2010

Dia dos Namorados: A Missão

Pra variar, mais uma data comercial no nosso calendário; estrategicamente posicionada entre o Dia das Mães e o Dia dos Pais, um período em que ninguém compra nada.

Para alguns, uma celebração.

Para outros, um estorvo.

Se algum namorado tropeçou neste blog, aproveite a dica:

Mulheres (as decentes, tá?) não se importam com o quanto você pagou no presente. Nós queremos que vocês gastem 10 ou 20 minutos de suas vidas pensando em um presente real. E não em 10 ou 500 reais.

Não existe "o que você quer ganhar, amor?". Isso não é um presente. Isso é uma compra. E cá para nós, gostamos de ir às compras sozinhas, sem ninguém importunando que está cansado ou que o período do estacionamento vai vencer.

Tive um namorado que me dava presente para ele. Ganhei uma tonelada de minissaias e blusas decotadas. É... Oi? Alguém já me viu de minissaia?! Nem na praia! Desnecessário informar que foi tudo para a campanha do agasalho quando o namoro terminou. Assim, quando virem uma garota de 14 anos vendendo bala no farol usando uma microssaia, não a julguem. E pode ser sim que tenha sido culpa minha.

Já vi gente dando ferro de passar roupa para a mulher. Olha, me desculpa, mas ferro de passar roupa não é presente, tá? É necessidade. Comprasse um brinco de R$ 0,50 na 25 de março. Pelo menos seria um presente e seria para ela.

Não esperamos nada de outro mundo não. Não precisa ser um passeio de barco na Baía de Guanabara à luz das estrelas, nem jantar no Fasano. Só esperamos que gastem 10 minutos do seu tempo encolhido entre uma reunião e outra para pensar no que realmente gostaríamos de ganhar. E não do que vocês gostam. E não do que precisamos.

Sabe uma coisa que adoro ganhar? Cartas. É. Aquelas, escritas a mão. E quanto custa isso? R$ 0,03? Não importa. Custa o tempo que a pessoa passou pensando naquelas linhas, o sentimento ali presente. Nenhum vestido, jóia ou sapato substitui isso.

E se você está sozinho, não fique se torturando com a data. Toda fase da vida tem coisas boas, inclusive a solteirice. Quando era menina, eu me sentia feia, burra, rejeitada e como se fosse a única pessoa sozinha no Dia dos Namorados. Aproveite a oportunidade e se dê um presente. Não algo de que precise. Nada de ferro de passar roupas. Um presente de verdade. E sem correr o risco de errar!

Nota: Layout novo no blog. Testando as ferramentas moderninhas do Blogger.

6 comentários:

  1. Nossa! Olha só. Já presentei calcinha. Mas não seria tão descarado de dar um ferro de passar roupas.
    Grato pela lição!
    Bom feriado para você.
    []'s

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  2. Oi Paty, você escreveu algo que eu vinha pensando a algum tempo. Incrível como nossa perspectiva muda quando passamos o dia dos namorados sozinha...
    Isso me lembra da qualidade e não da quantidade de tempo que dedicamos à pessoa que amamos. Lembro muito bem do meu ex que achava que a maior prova de amor que podia me dar era colar em mim até quando eu estava assistindo aulas na faculdade... =/

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  3. ferro de passar não pode? eita.. e que tal panela de pressão? =P hahah

    O que anda faltando por ai é um pouco de sensibilidade (além de outras coisas)...

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  4. Sensibilidade e bom gosto pode (e deve!) estar em qualquer pessoa. Uma carta ou um bilhete faz mais sucesso do que uma "t-shirt" de marca, o último tênis lançado ou um Bulova... Podemos deixar a lingerie pra comemoração... ;)

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