domingo, 27 de junho de 2010

Fé no mundo

Não faz muito tempo postei neste mesmo blog um texto que falava do mesmo assunto: a fé no mundo. (Clique aqui para ler) Eu havia acabado de me separar e de deixar um emprego fixo, com salário e benefícios razoáveis, sem ter absolutamente nada em vista: só a vontade de fazer minha própria vida.

Passado um semestre, me deparo com a mesma situação. (Porque a vida de professor é organizada em semestres).

Diante das várias bifurcações (ou "polifurcações") que a vida nos oferece, me vi novamente em dúvida entre o certo e o duvidoso.

No certo, eu ganharia X por mês e morreria de trabalhar, não me restando tempo para tocar projetos pessoais. Já conheço o serviço e sei que não ia dar para levar numa boa. Embora seja um trabalho legal e o desafio me anime bastante, sei que não serei valorizada e vou me estressar com isso.

No duvidoso, além de eu não ter a certeza de ser aprovada no processo seletivo (que vai até a segunda quinzena de julho), eu ganharia menos do que 1/3 de X.

Qualquer pessoa normal aceitaria o certo. Certo? Adivinha qual caminho vou trilhar?

Chamem-me de louca, de idiota ou de sem noção. Tenho a mais absoluta certeza de que, no emprego certo, em menos de um ano eu estaria insatisfeita e frustrada.

Mais uma vez, terei fé no mundo e vou arriscar. Antes o duvidoso do que a certeza de um aborrecimento.

Sou aquela pessoa que chama uma carteira de 50% em renda fixa e 50% em variável de "moderada". (Ah, gente. "Agressivo" é do tipo 100% em variável.)

Meu avô já falava que podemos viver de dois jeitos: curto e grosso ou comprido e fininho.

Passei alguns anos tentando viver comprido e fininho. E é claro que não deu certo.

Lá vou eu, mais uma vez, esperar o melhor do mundo. Quem sabe dessa vez não me dou bem?

[Foda-se MODE ON]

5 comentários:

  1. É isso aí: "Antes o duvidoso do que a certeza de um aborrecimento."
    Tô 100% contigo. É por isso ainda tô insistindo neste país e me esforçando um pouquinho para concluir o curso que estou fazendo.
    Bjs.
    Boa Sorte!!!

    ResponderExcluir
  2. Comentário de quem já fez duas ou três dessas daí, inclusive indo pro ensino, "vá fundo e seja feliz!!!!!"

    ResponderExcluir
  3. Oi amiga.
    Muita gente me qustiona porque escolhi seguir um caminho mais sacrificado. Porque eu poderia ter um trabalho certinho, com benefícios, salário fixo e tudo mais que um serumano normal pode sonhar.
    Mas certamente não poderia ter feito a faculdade dos meus sonhos, nem o mestrado e ter conhecido as pessoas que mais colorem os meus dias.
    Quanto vale um sonho? Quanto custa ser feliz?
    Sinceramente, não estou disposta a abrir mão de tudo que conquistei. Mesmo que tenha que cometer suicídio econômico.
    Beijos e boa sorte!

    ResponderExcluir
  4. É, vendo como o mundo capitalista nos "molda" é supreendente encontrar pessoas que desafiam a corrente da mesmice.
    Os Desafios em nossas vidas é constante, cabe a cada um ter a coragem de encará-los.
    Aprendi com as chicotadas da vida que mais vale a pena percorrer o caminho (ainda que contra a multidão) que viver na dúvida do "e se...".
    1000 bjs

    ResponderExcluir
  5. Eu acho que dá pra viver das duas formas de acordo com a ocasião... tem fases na vida que temos que ser curtos e grossos, outras ponderados... depende da situação. Por te conhecer, sei que pela sua personalidade é de vc preferir sempre arriscar...

    Kisu!

    ResponderExcluir